segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A ilha de improviso... Ons!

Miradouro dos Fedorentos (Ilha de Ons)

Agosto... mês de férias, saídas, passeios, convívios, exageros, sol, praia, rio e tudo o que a este mês está associado. Ainda me passou pela cabeça meter férias também do blog, mas há sempre uma qualquer atividade que merece referência. Desta vez foi a visita à Ilha de Ons (Parque Nacional das Ilhas Atlânticas). Contudo, antes de lá chegar, farei uma breve resenha dos três dias fora do meu habitat natural. 
1º dia (23 de agosto)
7:50, saída rumo a Vigo. Uma viagem tranquila e sem percalços até chegar à confusão daquele município espanhol. Fomos sem nada marcado, apenas definido a visita às ilhas Cíes. (Fomos sim, pois não fui desacompanhada! ;) ).
Na entrada do Porto de Vigo
Após encontrada estadia, o próximo passo foi tentar o improvável: bilhetes para as Ilhas Cíes. Em nenhum dos "estaminés" conseguimos passagem para as tão afamadas ilhas. A única hipótese seria as Ilhas de Ons, no dia seguinte. Com as ideias viradas em visitar uma ilha, resolvemos aceitar. (Mais informações aqui: Ilhas de Ons)
Barco de embarque para as Ilhas.
Arte na areia na praia de Samil
Aproveitamos o resto do dia para almoçar em frente à praia de Samil (atendimento antipático), passeio pelo paredão e, claro está, aproveitar a tarde nesta praia imensamente procurada.
Samil

Ao entardecer a passagem foi pela zona histórica da cidade.
Passeio pelo coração da cidade

Quem nos acenou pela janela: Jack Sparrow






Achamos curiosa a movimentação das pessoas naquela rua. Os mais jovens aglomeravam-se em frente a uma igreja a beber cerveja e a comer umas sementes ou amendoins, enquanto que os mais dentro dos "intas" e "entas" se encontravam nas esplanadas na praça central...
Praça Central

a beber umas cervejas e a comer umas tostas curiosas. Os restaurantes só começam a servir às 20h. A simpatia no atendimento deixou muito a desejar. Sorrisos nem vê-los, cortesia e atenção inexistentes. Nada como a hospitalidade portuguesa!
2º dia (24 de agosto)
Embarque às 12:45h rumo às Islas de Ons. O dia estava fresco e um nevoeiro pouco propício para visitar uma ilha. A viagem de barco até à ilha demorou 1h e 15m. Tempo demais para o meu estômago sensível que sofreu os efeitos de uma ondulação pouco simpática.
Durante a viagem e barco lotado!
Chegados ao Porto de Ons, procuramos um lugar aprazível para comer  o tempo estava assim: magnífico.
Chegada com ótimo tempo!
Com cara de enjoada! :D


Informação geral da ilha e das suas rotas.

 Apesar de ter o estômago às voltas, precisava de substância energética para a caminhada que se avizinhava. Após o pequeno repasto, demos início à rota Sul, que totalizava 6 kms de caminhada. O trilho apresentou-se agradável e muito cuidado. A tarde ficou magnífica para o registo deste itinerário que apresentarei em fotos:
Parte inicial do trilho Sul.
As pequenas praias de água límpida e convidativa
hummmmm
A única ilha habitada do Parque Nacional das Ilhas Atlânticas
Parque de campismo



Habitáculo dos morcegos

Vista do Miradouro dos Fedorentos



A caminho do Buraco do Inferno


Buraco do Inferno... não dá para ver o fundo!


Trilho limpo, e paisagem soberba... eu incluída! ahahahahah
Aceitas um voo romântico noturno?

Vista do lado norte da Ilha


Com algum tempo de sobra e vontade de conhecer um pouco mais, decidimos acrescentar parte do trilho que nos levaria ao Farol, o ponto mais alto da ilha. (4 km)
A caminho do Farol




Imponente Farol
Lado Norte da Ilha. Lá ao fundo, Sanxenxo!
Totalizamos 10 kms percorridos por Ons. A esta altura já só pensávamos numa Estrella Galicia fresquinha ( a nossa Super Bock é melhor). Aguardamos pelo barco mesmo por ali, junto ao porto.


Próximidades do Porto.

As negociações estavam ao rubro!

A praia do descanso!

Quase na hora da partida!
A viagem de regresso foi mais calma e o estômago manteve-se tranquilo. Ir à ilha foi uma magnifica experiência e recomendo... mas agora pretendo mesmo é visitar as Cíes!
3º dia (25 de agosto)
Dia de regresso a casa. A viagem foi feita pela Costa. O pequeno almoço foi tomado em Baiona. Má opção. Maia uma vez um atendimento degradante e antipático. Oh, saudades de Portugal!!
Fizemos uma breve paragem em Vila Praia de Âncora e aproveitar o sol que aparecia, deixando o céu cinzento espanhol para trás.
Agarra-te mulher, que já respiras ar luso!
Quando o sol nos bate de frente... fica-se com esta cara
Seguiu-se Viana do Castelo para um belo passeio pelas ruas e ruelas, com um cheirinho a festa e romaria e comer um belo peixe grelhado na segunda tentativa para almoçar... é que a primeira não correu muito bem... mas agora também não interessa nada! Ir a Viana é obrigatório ir ao Zé Natário e comer as suas famosas bolas de Berlim (As bolas não aparecem para não ferir a sensibilidade dos leitores). Apenas vos posso dizer que aquela canela e açúcar a decorar as bolas estavam divinos. :D :D





Viana fica no coração.

Com tantas andanças, a alma já só pedia "casa".
Foram três dias magníficos, bem aproveitados, num ambiente e contextos que nos enriqueceram e nos divertiu imenso. Levou-me a concluir que, Espanha pode ter locais mágicos e interessantes, mas ao nível da hospitalidade recebem nota negativa.  Têm que comer muita "côdea" para chegar aos nossos calcanhares.
Férias quase a terminar, mas sabe bem boas experiências partilhar.
Em breve regresso, talvez com um trilho, ou uma prova ou apenas uma qualquer curiosidade. ;)