Foi há uma semana mas só hoje foi possível registar a minha passagem pela Meia Maratona de Barcelos. Semana de avaliações... explica o atraso!
Após a Maratona do Gerês, ainda não tinha participado em mais nenhuma prova. Falta de aliciamento para o fazer. Contudo, não falto aos treinos que prescrevi no início do ano: 30 kms semanais (no mínimo). Nada de treinos específicos, apenas rolar e somar.
No início de março surge um convite para participar na Meia de Barcelos. Fiquei reticente pois sabia que não tinha preparação para a fazer. Por outro lado, o grupo queria estar presente dado que uma das pessoas que faz parte da organização dos Amigos da Montanha é a Elisabete Rocha. Além de amiga de longa data é irmã de um dos elementos do grupo, José Rocha.
Andava na dúvida até que, duas semanas antes da prova, em conversa com a Elisabete e desabafei a minha relutância. Ela só me respondeu " Tu tens de vir!". Oh frase decisiva! Eu vou!!
Pela primeira vez fui para uma prova com o simpático objetivo de... seja o que Deus quiser! Optei, pela primeira vez, por levar música. Uma tentativa de diminuir a conversa ao longo do percurso. Estava descontraída e tranquila. Sentia-me bem e sem aquela pressão intuitiva do "tens de terminar em tal tempo!".
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Preparação |
O dia estava maravilhoso. Adivinhava-se algum calor, mas nada que uma garrafa de água na mão não solucionasse.
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Nós antes da partida |
Confesso que, quando me vi atrás do pórtico de partida, senti aquele friozinho no estômago. Uma saudade daquela emoção que antecede o arranque. Os comentários aparvalhados e as piadolas nervosas para justificar aqueles sorrisos ansiosos...
PARTIDA! Segui como tinha idealizado: nas calmas. Nada de euforias iniciais. Quem quer correr rápido, força aí! Eu vou comigo.
Passava os kms quase sem dar conta. Tentei manter um ritmo confortável e estável. Não conhecia o percurso por isso mantive-me na defensiva. Pouco falei ao longo da prova (por incrível que possa parecer). Apreciei a música, olhava os atletas que faziam o retorno, admirava a população que nos apoiava, a brisa que soprava e seguia, tranquila. Cantarolava uma ou outra música. Aos 15 kms ingeri um reforço nutritivo. Já estava a precisar! Fiz-me acompanhar sempre com uma garrafa de água que trocava em cada abastecimento. Um auxiliar poderoso!
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Foto by Artur Fonseca. Aqui com 16/17 kms |
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Reta da meta! |
Até aos 18/19 kms tudo correu bem. A partir daqui senti uma pequena quebra no ritmo. Os 2 últimos kms tinham uma subidinha que me fez abrandar. Depois, "ouvi" a meta! "Bah, miúda, esquece lá o paralelo e dá-lhe!" Vi a passadeira vermelha, o relógio do pórtico a fazer a viragem das 2h, o Davide de máquina em punho ao lado do Ricardo Ribas, os outros colegas a gritar o meu nome! Sorri e mal cheguei à meta não resisti a dar um pinote!
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Uma forma peculiar de se terminar 21 kms. ;) |
Foi a meia maratona que mais gozo me deu fazer. Terminar sem qualquer mazela ou cansaço acentuado e... muito feliz!
Ouvi muitos comentários alegando que o percurso era duro. Honestamente, não o vi assim. Ou então tem a ver com a forma como encarei a prova. Gostei do percurso, gostei da simpatia em todos os abastecimentos, gostei que um voluntário viesse a correr para me entregar uma garrafa de água, aos 20 kms... gostei de toda a organização. Estava tudo impecável! Parabéns Elisabete Rocha. És amarantina... tudo dito!
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Nós, Valquíria, Xiquinho e a anfitriã, Elisabete Rocha |
A passagem por Barcelos terminou com um divertido piquenique em grupo.
Obrigada, Davide, pelo registo fotográfico! Magnífico.
Próximos desafios... ainda não há nada determinado! ;)