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Chaves - Rio Tâmega |
Disposta a fazer a Ecovia Transfronteiriça do Tâmega, Chaves - Verín, encaminhei-me, bem cedinho até Chaves. Quando lá cheguei já me aguardava o Valter Alves e uns digníssimos 2,5 graus. Um calor outonal muito estranho, como se deve supor.
Enquanto aguardávamos por mais duas companhias do pedal, fomos tomar um café e comer o típico, delicioso e quentinho pastel de Chaves.
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Quase não deu tempo para o registo! |
Seguiu-se o aquecimento para a empreitada que se avizinhava. Circulamos pela ciclovia das margens do Rio Tâmega que conformam o Parque Urbano da Cidade. Durante os 7 kms que perfazem este percurso bem pensei que congelava os dedos das mãos ou alguma parte em mim, exposta a estas aragens. O Sol, timidamente, decidiu tomar as rédeas da situação e foi aquecendo enquanto o Nuno e o Alexandre não chegavam.
Já passava das 9:30h quando iniciamos a viagem...
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Esta Ecovia percorre toda a margem esquerda do Tâmega,
entre vegetação ribeirinha, unindo as duas cidades
através de um corredor de um valor ambiental
indiscutível. É um paraíso para as aves e a
fauna do rio. Com um piso maioritariamente de terra e plano, apresenta um nível de dificuldade baixo.
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Sinalização vertical e... sonora (cães a ladrar) |
O ritmo do grupo era mesmo de passeio (não fosse eu ali, a comandar as tropas na retaguarda). Não pensem que sou lenta... apenas o guia levava as coordenadas do percurso todas trocadas e enganou-se, no mínimo, algumas vezes. Bem, estou a exagerar! As indicações ao longo da via não eram muito claras e induziam ao erro. Este trajeto peca pela má marcação.
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Fronteira: eu em Portugal, eles em Espanha! |
Com os enganos e retornos fomos "perdendo" tempo. Dado o avançado da hora consideramos, por unanimidade, não prosseguir até ao final da ecovia. Ainda corríamos o risco de nos perder e dar a uma qualquer casa com um assado na mesa.
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Verín é ali à frente... |
Fizemos o regresso já a um ritmo mais apressado. Não me admirei. Afinal tinham decidido que beberíamos um "caña" antes de entrar em Portugal. Foi um ver quem chegava primeiro que só visto. Quase houve atropelos e quedas na água... estou a brincar... eu passei um curto e estreito (para mim) passadiço, sobre um ribeiro, com a zica à mão e os rapazes não se atreveram a ir ao meu lado quando passámos bem perto do rio.
A poucos metros da antiga fronteira parámos para a bem abençoada, bendita, bem pensada e bem fresquinha caña. Só de olhar a foto ainda me está a saber bem...
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Merecemos! |
Chegámos ao ponto de partida inteiros, sãos, salvos e sem arranhões nem pisaduras de 3º grau (esta parte era só para mim), graças ao facto da inexistência de barreiras separadoras nem obstáculos que assustassem a bicicleta.
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Obrigada, miúdos (Valter, Nuno e Alexandre)! |
Para finalizar esta resenha, tenho de confessar que preciso ali voltar para concretizar a ciclovia, na integra.
O passeio em si foi extremamente agradável. Percurso tranquilo e companhia excecional. Não deu para muitas fotografias porque os PRO levantavam muito pó. A parte negativa mesmo foi o motoqueiro que vinha em contra mão. Mas creio que já tivesse no bucho umas quantas cañas... digo eu!
Companheiros do passeio, a vós tiro o chapéu (capacete) pela boa vontade em me acompanhar neste meu propósito e paciência em me aturar. Imensamente grata pela prazenteira manhã e pelos ensinamentos que me foram dando.
Até breve!