terça-feira, 5 de novembro de 2013

A.D. Amarante na 10ª Maratona do Porto

O grande grupo com o reforço da Aurora Cunha
A 10ª edição da Maratona do Porto acordou com um surpreendente dia de sol. As emoções estavam ao rubro. 42 km e 150m (mais coisa menos coisa), aguardavam 3 milhares de corajosos atletas. Meia dezena deles vestiam as cores da A. D. Amarante.
As nossas 5 estrelas da maratona
Davide Pinheiro e Jorge Oliveira aventuravam-se, pela primeira vez, nesta odisseia. Os restantes nove enquadraram-se nos 16 km da Family Race, sendo a Clara Cerqueira a nossa estreante no universo das provas oficiais.
As "meninas" do asfalto

O nervosismo paira no ar. Todos acreditávamos que tudo ia correr bem, mas a preocupação estava presente.
Hora de rumar à Rua Júlio Dinis. Estava tudo a postos para o mega evento do ano, na invicta. Eram milhares os atletas que circulavam pela rua. Uns a fazer o aquecimento, outros em amena conversa para descontrair e alguns apenas a apreciar quem aquecia, vivenciam o ambiente e o momento. 
Após desejar muita força ao Davide, alinhei com o Paulo Gomes na Family Race. Estava receosa devido a umas dores que tinha sentido no gémeo esquerdo, durante os treinos. Optei por encarar os 16 kms como se de um treino se tratasse.
A hora aproximava-se, os atletas eram chamados para o local da partida. A música subiu de volume. O som entrava no ouvido e transportava-nos para uma outra dimensão. O instante era solene e arrepiante. Era tempo de concentração de energias. Escutem!
                                                   música da partida da maratona!! Intenso!

 O tiro disparou mas não foi audível. Apenas vi os atletas a caminharem em direção ao pórtico da partida.
Começou a dupla aventura. Os maratonistas seguiram na frente. Nós, os de menor quilometragem a realizar, seguimos atrás. 
O cenário à minha frente, após a partida, era brutal! Um tapete humano, multicolor, movia-se pela estrada, não deixando a descoberto qualquer sinal de asfalto. A festa do atletismo tinha começado.
O único senão destas provas imensas é o zig-zag a que nos obriga para correr num espaço confortável, sem atropelar ou cotovelar alguém. 
À medida que avançavamos íamos passando por alguns maratonistas, que seguiam num ritmo acautelado para assegurar a resistência até ao final. 
Apesar de não estar num "dia sim" para correr, os 16 kms foram feitos de forma tranquila e sem incidentes, embora com receios e alguns avisos do gémeo.
Prova feita! Momento de esticar os músculos, ingerir algo e seguir rumo ao último km para acompanhar a chegada dos campeões.
Eu, o Osvaldo, o Fernando, o Álvaro e o Jaime transmitíamos palavras de incentivo aos atletas que terminavam a maratona, à medida que descíamos a avenida. Eu aproveitei para fazer alguns registos fotográficos. Observar e gravar um misto de expressões desde a dor ao cansaço, a alegria às lágrimas, a conquista à  tristeza, a determinação ao desanimo, a coragem ao sofrimento... é único.  Mas tudo isto levou-os à meta!
Aplaudimos e incentivamos mais de 2 horas. O primeiro maratonista do grupo foi o Jorge.
Um estado de ansiedade superado. Um pouco atrás passou o Cândido.
Depois o Macedo.
O Veríssimo já nos estava a causar preocupação pelo avançar da hora. Fomos ao seu encontro. Estava com dores musculares e a caminhar. Mesmo assim seguiu e terminou, pois esse era o objetivo!
Faltava o outro rapaz estreante. Apesar de acreditarmos que o Davide iria conseguir este feito grandioso, a ansiedade começou a apoderar-se de nós. O tempo passava e a apreensão aumentava.
Entretanto visualizei-o ao longe, a caminhar. Ficou felicíssimo por nos ver a 2 kms da meta. Servimos de escolta e, pelo caminho, ainda incentivamos mais dois atletas a juntarem-se ao grupo de apoio.
O regimento de apoio em ação
Apenas o Nuno Prates resistiu ao estimulo. A emoção aumentava à medida que via aqueles dois "miúdos" a aproximarem-se da meta. corriam lado a lado, sem queixas nem queixumes, o propósito de ambos estava alcançado: eram maratonistas! Foi gratificante escutar as palavras do Nuno, assim que cortou a meta:" Muito obrigado. Se não fossem vocês, ainda estaria lá atrás!"
Para ti Nuno, foi um  prazer enorme podermos levar-te à meta com o Davide. A corrida não é só correr. É companheirismo, é auxilio, é convívio, é amizade e é uma imensa partilha de emoções e momentos únicos.
Davide Pinheiro e Nuno Prates: ambos  42 anos 42 kms... pela primeira vez!
3 de novembro foi realmente um dia histórico para todos aqueles que, pela primeira vez, conquistaram 42 km de asfalto e cruzaram a meta. Mas termos amigos de coração a fazê-lo, é inesquecível!
Muitos parabéns Jorge, pela tua excelente prova e aguentaste firme até ao fim.
A ti Davide, és grande e orgulho-me de te ter como amigo! 42 vezes parabéns!

Para a posteridade ficam também aqui os meus mais sinceros parabéns a todos os restantes amarantinos que participaram nesta maratona. Além de se superarem a si próprios, também contribuíram para abrilhantar e enriquecer o atletismo na nossa Amarante.
A todos os amigos e conhecidos que tive oportunidade de felicitar e incentivar, seguem, mais uma vez os mais sinceros parabéns.
Quem tem a coragem de se aventurar na odisseia dos 42 kms e cortam a meta, são verdadeiros guerreiros!
A todos os guerreiros, parabéns!