A região
"Em Dezembro de 2001, a UNESCO elevou o Alto Douro Vinhateiro a Património da Humanidade. Um título, atribuído por unanimidade, que premiou a Região vinícola demarcada mais antiga do mundo, decretada pelo Marquês de Pombal, em 1756. Região única por reunir as virtudes do solo xistoso e da sua exposição solar privilegiada com as características ímpares do seu microclima em conjunto com o trabalho árduo do homem do Douro." in Turismo do Douro
Foi nesta portentosa região que ontem, 18 de maio, se correu a 9ª edição da já intitulada " A mais bela corrida do mundo": a meia maratona do Douro Vinhateiro.
As ruas da cidade da Régua assoberbaram-se de vida e de cor concedidas pelos milhares de atletas e familiares que ali estavam para correr os 21 kms ou, simplesmente, caminhar.
Com tamanho aglomerado não me causou novidade a confusão gerada na hora de entrar no comboio para o local da partida, na barragem de Bagaúste. Surpreendida fiquei quando tomei conhecimento que o tiro de partida foi dado e muitos atletas ainda se encontravam no comboio e outros na cidade.
É provável que o poder organizativo já tenha concluído que, deslocar milhares de atletas de um ponto da cidade para outro, sem o minimo de capacidade de resposta, não funciona. Esta situação seria evitável se a prova tivesse início e fim no mesmo local. Mas os interesses próprios sobrepõem-se ao bem estar e agrado dos atletas. Esquecem-se que são estes quem emolduram as ruas, dão vida à região e desembolsam os preciosos euros na expectativa de terem um serviço de qualidade. À parte da paisagem e o bom abastecimento em água, o restante ficou a nível "não satisfaz".
Aliado a isto é a atípica hora do tiro da partida de uma meia maratona: 11h... quando não atrasa!! Numa região com um microclima peculiar, é injustificável este horário. Um verdadeiro atentado à condição humana. Um aspeto a ser bem repensado!
Podia ficar por aqui nas minhas deliberações, mas não resisto também a salientar uma outra falha: deixarem acabar as bebidas energéticas na parte final da corrida.
Uma corrida que tem tudo para ser excecional, uma referência nacional e além fronteiras, mas não o é! Peca por lapsos graves e insistem em repisa-los a cada nova edição.
Mesmo com estes erros a massa humana adere a este evento pela única e incomparável razão de ser realizado numa das mais belas paisagens do mundo.
Mesmo com estes erros a massa humana adere a este evento pela única e incomparável razão de ser realizado numa das mais belas paisagens do mundo.
Desta vez os elementos a participar nesta corrida, aumentou significativamente. A maioria a vestir a camisola da ADA, ali estávamos para entrar na confusão e fazer os 21 km da melhor forma possível. Lamentavelmente, um elemento do grupo não conseguiu cortar a meta devido a uma indisposição sentida durante a prova. Após assistência atempada, foi devidamente acompanhado e, em pouco tempo, recuperou as cores cores naturais.
Comecei exausta!
A chegada, a responsabilidade de levantar os dorsais, a corrida contra o relógio para apanhar o comboio, a espera ao sol. A aventura que foi chegar à barragem e mais uma espera para o arranque, deixaram-me completamente extenuada.
Correr com temperaturas abrasadoras também não é a minha praia. No entanto, a primeira parte da corrida não correu mal. Durante algum tempo ainda tive a companhia do Paulo Gomes. Depois segui mas a partir do retorno levei com uma enxurrada de chagas que me obrigaram a seguir a velocidade de tartaruga. Cortei a meta sem grande emoção. Apenas terminei... inteira.
Ressalvas
- Felicito o Gustavo Bento pela sua estreia numa meia maratona e pelo ótimo resultado obtido.
- A Clara Cerqueira também merece os parabéns pelos progressos que tem evidenciado nesta distância.
- A todos os restantes elementos do grupo um bem haja pela participação e por terem dado o vosso melhor nesta prova.
- Aos amarantinos presentes, muitos parabéns e agradeço as palavras de incentivo que me foram dando ao longo do percurso.
A próxima Suadela será...
talvez a 29 de junho, em Gondomar
talvez a 29 de junho, em Gondomar