quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Hoje faço 4 anos! ;)


Hoje celebro 4 anos de existência. Uma existência cada vez mais diversificada, dependendo das vivências e experiências da minha autora. Sim, porque deu-me à luz com o intuito de registar treinos e provas em que participasse, mas, atualmente, o reportório já sofreu algumas boas alterações. Confesso que, inicialmente meteu-me alguma confusão, mas depois encantei-me com as novas agregações que a minha administradora foi acrescentando à minha constituição física. Sinto-me um blog mais crescido, consistente e airoso.
Neste último ano a Elisabete (a Elisabete é a minha secretária, para quem não conhece!) enveredou por introduzir descrições e imagens dos trilhos e caminhadas que fez aquando da sua estadia no Belo Gerês. E se as descrições até eram interessantes pois ela até tinha algum cuidado em esmiuçar um pouco dos locais que pisava, as imagens eram divinais. Se quiserem certificar-se é só pesquisar-me e vão encontrar essas belezas tão naturais. E a despedida que fez do Gerês? Até eu, um singelo Blog, apaixonei-me (em sentido figurado) pelas inúmeras fotos que aqui foram adicionadas e pelas descrições e pelas aventuras e pelas emoções e... por tudo! 
Incluiu um novo rescaldo da II edição da Meia Maratona de Amarante, que, tal como disse, corresponde à nova vertente da Elisabete. Não correu a Meia Maratona da sua terrinha, mas em grupo, colocou gente a correr!
A rapariga meteu na cabeça que tinha de fazer a Maratona do Gerês. Então, todas as semanas batia-me à porta para fazer o registo semanal dos treinos. Ohh que raio de ideia! Mas ela ia dizendo que assim se sentia motivada, disciplinada e determinada a não quebrar e eu acabei por a compreender. 
Seguiu-se uma emocionante descrição da sua experiência na Maratona mais dura do Mundo. Só em ler o que ela escrevia já me sentia cansado. Mas no final acabei por admirar a sua determinação. 
Mas, eu estar aqui a resumir o que a Elisabete escreveu e publicou não tem muito interesse. Quer dizer, tem sempre, mas o mais aliciante é vocês consultarem  ou recordarem. 
Agora, entre nós, ainda estou para ver qual vai ser a prenda que vou receber!! Estou curioso... muito curioso! Enquanto aguardo, despeço-me de vocês, que me pesquisam e me lêem. Fico agradecido por perderem (ou ganharem) uns minutinhos com a minha companhia. (Ai se a Elisabete vê isto ainda fica com ciúme) :D :D 

Encontrámo-nos em 2017! 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Maratona do Gerês: A magia do desatino!

"A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; o que você sente você atrai; o que você acredita, torna-se realidade!" Buda

Hoje a história não será mais do que uma conclusão alongada das 13 semanas que aqui deixei registadas.
Ciente dos meus limites e das minhas modestas capacidades, apenas treinei com o humilde intento de terminar a apelidada, Maratona mais dura do Mundo, com um sorriso no rosto! E é com muito orgulho que vos digo: Consegui!!!

3 de dezembro, sábado. O Gerês já me aguardava com um belo almoço, entre amigos. Antes, ainda passei pela Vila, levantei o dorsal e encontrei o meu grande amigo e guia de trilhos, Jorge Lobo. Naturalmente houve atualização de novidades acompanhada por um café. 
Após o almoço ainda fui matar saudades pela serra, mas comecei a sentir algum incómodo e voilá... infeção urinária! Nem queria crer... Como é possível se bebi pipas de água durante a semana? Entre visitas à farmácia e um mau estar que só eu sei, ainda recebi a notícia de que o meu parceiro da jornada dos 42 kms, António Cabral, tinha sofrido um incidente, nesse mesmo dia, tornando impossível a sua presença na prova. A consternação tomou conta de mim! Tínhamos decidido fazê-la juntos... já antevia a diversão aliada ao sacríficio. Como se isso não bastasse, o apetite foi-se. Mal toquei no jantar!  Não era isto que esperava sentir na véspera da prova. Estava desanimada, nervosa e muito indisposta. Deitei-me com a dúvida se estaria em condições para fazer a prova... ou não. Só esperava que a medicação fizesse efeito...
4 de dezembro. A partir das 6 horas da manhã já estava alerta. Senti-me melhor e o incómodo tinha desaparecido. O medicamento fez o seu papel. Fabuloso! Fui tentar tomar um bom pequeno almoço, mas o estômago continuava a recusar os alimentos. Foi complicado convencê-lo que precisava de comida. 
Por volta das 8 horas segui para a partida. Fui encontrando pessoas amigas, como foi o caso do meu querido Hugo Daniel e do perneta simpático, Carlos Cardoso (autor da foto).

O irresistível sorriso do Hugo 
 Neste ambiente de festa, quem vou eu encontrar? Os meus queridos Tugas na Estrada! Conversa, abraços, boa disposição, palavras de ânimo e motivação foram os mimos que precisava para me  concentrar. Obrigada, Tugas! 
As mulheres gostam é de... conversar! 

Inês Gonçalves e Ana Paula Costa. Dois alentos maravilhosos!
 O vórtice de sensações era enorme que me confundia. Ora confiante, ora nervosa, ora espavorida, ora focada... mas tinha uma certeza: começar para terminar!
No grupo de partida fui encontrando caras conhecidas. Entre asneiradas e palermices (para aliviar a tensão) surge o sinal de partida. Passei o pórtico, O nervosismo retirou-se e deu lugar à tranquilidade. Entreguei-me à passada e ao desatino que tinha pela frente. Pensei: "Vamos, António. Temos 42 kms para rolar!"

Após 700 m já estavamos a trepar  o primeiro "muro". Rumavamos à conquista da Pedra Bela. Uma subida fabulosa que foi feita na companhia do Daniel Antunes. Nesta fase ainda dava para conversar, e ver as lebres que já tinham feito o retorno! Abastecimento da Pedra Bela. Laranja e uma noz de chocolate auxiliaram-me na descida.  Foi só alargar a passada e acionar os travões. 
Quando surgiu a divisão de provas, os maratonistas tinham agora 6 km a subir até Leonte.
Vamos lá subir, rapariga!
 Este percurso foi tranquilo e sem percalços. A exuberância da mãe natureza fez esquecer, por momentos, a soma dos quilómetros. O som da água, trazido pelo vento, a correr no rio Gerês, era o tónico anímico que me impulsionava montanha acima.
Da Casa de Leonte  (842 m) até à viragem para Vilarinho das Furnas, foi sempre a descer. Voltei a destravar acompanhada pela beleza outonal da Mata da Albergaria. Aquele cheiro inato e genuino da vegetação embriagava-me. A magia da mata cortava o efeito do esforço. Os quilómetros caíam no Gps e mal os sentia. Bebi nas fontes naturais que por ali se encontram. Fui presenteada pelo Pai Natal, por duendes flautistas e tocadores escondidos nos arbustos.
Duendes
Aqui ía acompanhada por um pequeno grupo. Uma paragem urgente para verter águas, isolou-me na corrida. Entretanto fui alcançada por um atleta que me acompanhou durante algum tempo. A certa altura comecei a sentir o estômago às voltas. Parei e... vomitei a laranja que tinha ingerido na Pedra Bela. Apesar do alívio, senti quebra no aporte energético. O Vitor (nome do atleta), não queria deixar-me, mas eu estava com dificuldade em acompanhá-lo e pedi que continuasse. Contrafeito, seguiu caminho. Prossegui devagar. Apesar de ter comigo alimentos, não conseguia comer!
As costas começaram a doer a partir daqui (26/27 km). Tinha que gerir o esforço pois sabia que iria fazer o resto da prova sozinha. Segui, tentando absorver o encanto do que me rodeava e esquecer as dores. Comecei a falar comigo para dispersar a ideia de desistir. " Elisabete, tu anda, arrasta essas pernas, porque vais ter de terminar, doa o que doer, custe o que custar" Fui andando, correndo, gerenciando a energia e a auto motivar-me. 
Abastecimento do Campo do Gerês (30 kms). Só faltavam 5 kms de subida, para depois ter 7 sempre a descer até à meta. Voltei a beber água... e tentei comer uma barra energética. Tentativa falhada. Sentia o corpo cansado a precisar de nutrientes mas o estômago negava-se. Admiravelmente, as pernas estavam bem mas poupei-me o mais que pude nesses 5 quilómetros. Fui recordando as pessoas que me apoiaram, incentivaram e acreditaram em mim. Alentei-me com esse pensamento. Abracei todas elas, guardeia-as no coração, levantei a cabeça e prossegui...
As costas continuavam a doer e o meu receio era que me prendesse a passada. Felizmente não aconteceu e, sempre que podia corria. " A meta é já ali, rapariga. Anda! Está difícil? Achas que se fosse fácil ías aqui sozinha? Vaii" . Não me recordo falar tanto comigo. Olhava à minha volta.  Eu e a serra. Os contrastes eram uma constante, a beleza imperava contra um corpo cansado a implorar paragem. Qual parar qual quê?? Estás parva? Tu não estás só. Tu aguentas porque és tu!"
Finalmente as curvas de S. Bento!! A pouca energia que tinha queimei-a naquela vertiginosa descida até à meta. As pernas responderam bem.  Já se ouvia a música na Vila. Sorri! Uma alegria imensa apoderou-se de mim.  Já nada nem ninguém me tirava o prazer de cruzar a meta.
Na última descida encontrei o Pedro Magalhães que não se poupou a palavras de encorajamento. Fabuloso! Ainda brinquei com um casal para me deixar passar e disse "deixem-me passar que tenho o caldo à espera!" Eles aplaudiram!
Dobrei a última curva e ali estava eu, na meta! Ohhh... que emoção! Vi o Vitor e consegui agradecer-lhe! Vi os fotógrafos e, num ímpeto, dei um pulo... e depois mais dois a pedido deles! Passei a meta com um sorriso que me encheu a alma e o coração! " Está feita, António!! Consegui! 


 A alegria de uma chegada.
O registo de um momento épico!
Com direito a entrevista por parte do Speaker e com uma receção fabulosa do José Capela e da minha ex aluna, Raquel, o voo tinha terminado! O Gerês foi dobrado!
Começo a sentir um refluxo instintivo direcionado ao vómito. O Zé  Capela auxiliou-me até normalizar. Momentos depois, e após ser felicitada por Carlos Sá, atirei-me à sopa do pote. Um mimo mais que merecido!

Derrubei assim 42 quilómetros de pura beleza no imenso Gerês, num misto de exuberância e dor, de encanto e sacrifício, de magia e provação.
Passar aquela meta foi surreal após todos os contratempos da véspera. A felicidade da conquista é indescritível. Realizar esta prova é um enorme teste de resistência e de coordenação de energias. Gerir a mente e não permitir que o cansaço se sobreponha à vontade.
Para quem vai, apenas para terminar, aqui não se fala em tempos. Fala-se na conquista ao alcance de poucos, no triunfo do desatino!

A todos que me apoiaram ( e sabem quem são) um obrigada bem do fundo do coração.

PS: Aos fotógrafos (que hoje sei quem são) Jorge Ferreira, Luis Carvalhido e Joaquim da Costa Faria pelos grandiosos registos fotográficos que nos permite recordar os momentos mais especiais das nossas jornadas. São um grandioso alento com a sua objetiva que nos arrancam sorrisos mesmo quando dói. Muito obrigada!










sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

13ª semana: Encerramento oficial da caça aos kms



Algures, a caminho do Miradouro da Boneca

Encerrei ontem (só escrevi hoje porque feriado é feriado) o programa de 13 semanas da suposta preparação para aquela que, segundo o cartaz indica, é considerada a maratona mais dura do Mundo. Linda, magnífica, apaixonante e inspiradora sei que é, dado o trajeto da mesma. Dura... se ainda tiver forças no domingo para falar, já vos direi qualquer coisa. :D
13 semanas (mas que raio de número! Não é que seja supersticiosa, mas gosto de números redondos, ditos pares) que foram aqui, cuidadosamente, registadas como forma de automotivação e disciplina. 
Se me custava sair de casa para treinar? Acho que se ficasse em casa e não cumprisse o definido, custaria muito mais. A consciência é tramada! 
Se foi complicado fazer os treinos, maioritariamente, sozinha? Foi antes um verdadeiro desafio e compromisso comigo mesma. Gerir o esforço e conquistar quilómetros entregues à minha vontade e aspiração. Todavia, a companhia que consegui ter nos treinos mais duros, foi, sem sombra de qualquer dúvida, imprescindível e encorajadora.
Se ansiava que cada treino terminasse? Desejava que iniciassem, pois, de uma forma ou de outra, tinha do os terminar.
Como me sinto agora que terminei este plano? Um misto de alívio e saudade. 
Se me sinto preparada para o grande desafio? Sinto-me mentalmente preparada, fisicamente confortável e, emocionalmente com aquele formigueiro estranho no estômago  (vocês entendem).
Divagações à parte, esta última semana resumiu-se a 2 treinos tranquilos, embora o de terça feira parecia que tinha asas nos pés. Curto (8 km) mas mais rápido do que o habitual.
O treino de quinta feira foram uns 9 kms tranquilos para ativar a circulação.  Depois uma massagem digna de atleta feita pela magnífica fisioterapeuta, Lenea Cardoso... estou pronta para a serra! 
O próximo post será dedicado ao dia 4 de dezembro... seja qual for o resultado e assim que eu esteja minimamente restabelecida do empeno.
Desde já deixo um imenso agradecimento a quem me tem apoiado e deixado, de várias formas, palavras de incentivo, apoio e motivação. 
Até lá... ;)



domingo, 27 de novembro de 2016

12ª semana: Desbravar o frio... sem neve!

Pelo trilho da Silha dos Ursos

Contrariando todas as expectativas, esta semana andei muito tranquila. Aliás, demasiado tranquila. Olhava frequentemente ao espelho para me certificar se era mesmo eu (também porque gosto de apreciar gente bonita ahahahahah). Considero esta serenidade sinónimo de convicção.

Foi uma semana de treinos bastante moderados e de cumprimento de calendário. 
Na segunda feira fiz o último treino de rampas (5 x 200m). Começo a familiarizar-me com elas. Dou por mim a falar-lhes enquanto as conquisto. Após a recuperação do dia 4 terei de voltar a visitá-las de quando em vez. Apenas por solidariedade e para que não chorem de saudades minhas. :D
Na terça feira foi dia de nada treinar. Isto é, de correr. Porque o treino tem imensas variáveis e não é por não correr que não vá fazer outra tipologia de treino. Exemplificando: conversa em dia, series de abdominais e, claro está, não perder a minha série preferida. 
Quarta feira 45`a rolar estrada acima e abaixo. Uma corridinha do tipo rápido porque já se aproximava a frente fria. 
Na quinta feira segui o exemplo de terça, com a pequena alteração ao ter de levar o herdeiro ao osteopata devido a uma lesão no pescoço. Contudo, não deixou de ser um momento de conversa. ( esta rapariga só pensa em falar :P)
A sexta feira chegou e fiquei imensamente deprimida assim que coloquei os olhos no dia. Não tinha neve!! Só mesmo na Serra do Marão. Um frio tremendo... mas sem neve, ia eu sair para correr quando me lembrei que era dia de bicicleta. Menos mal. 45` a "trepar", não pela bicicleta, mas pelo programa de montanha... também sem neve. Se não visse à minha volta os apetrechos da minha sala, quase me sentia no Gerês... com neve! :D :D 
Sábado foi um dia muito atarefado. Aquele dia em que se treina sem correr, ou corresse sem treinar... acho que dá para entender. Marcações, compras, arrumações, roupas, aspirações, ecopontos... e não vou colocar mais se não ainda dizem que sou uma "dona de casa desesperada"-
O previsto para domingo era um treino de 1 hora. O meu filho mais que magnífico (sim, sou mesmo mãe babada) decidiu que queria acompanhar-me de bicicleta. Fabulosa ideia. Mas, ao invés de fazer o treino pela manhã ( a noite foi longa), optámos por fazê-lo da parte da tarde. A ecopista já nos aguardava, fria, outonal... 1 hora quase nem deu para aquecer! :)
Finda a 12ª semana com uns meros 35 kms feitos. Muito suave e pacífica. Foram os típicos treinos de manutencão ou outro nome que lhes queiram chamar. 
O trabalho de casa está a dois treinos de finalizar... treinos de corrida, reitero. 
Estarei de volta na próxima quinta feira para encerrar a 13ª semana. Depois, bem depois... é uma questão de esperar para a descrição do dia 4. ;) 

Boa semana e bons treinos. 

domingo, 20 de novembro de 2016

11ª semana: O mistério do sumiço da inspiração!


Rio Homem embrenhado na Mata da Albergaria
A cada final de semana aparece aquela sensação de alívio por ter conseguido finalizar mais uma etapa, sem incidentes.
Desta vez, e por motivos profissionais, só consegui treinar na terça e na quinta. Dois treininhos de 50`e 60` respetivamente onde as rampas e subidas maradas estiveram presentes. 
Aproveitei o fim de semana para "compensar" o que não foi feito durante a semana. 
No sábado um treino de 80` a rolar e domingo 20 kms na bicicleta estática. O somatório destes 4 treinos foi de 50 kms. 
Esta foi a derradeira semana com mais quilometragem. A 15 dias da prova, tudo agora passa para o setor da descontração e gerir o trabalho realizado. 
Sim, é verdade, hoje não estou com muita inspiração para escrever. Mas o essencial está registado. Talvez seja a ansiedade a toldar-me a criatividade. Todavia, estou confiante. Julgo que estas 11 semanas de trabalho de casa me alentam para conseguir atingir o meu objetivo... e cumprir as duas que faltam.  

Boa semana a todos e bons treinos (e espero estar mais inspiradita na próxima) ;).


domingo, 13 de novembro de 2016

10ª semana: Sapatilhando entre ouriços e castanhas.

Miradouro velho (já aqui fui tão feliz) :D 

E já se foi a décima semana. Os dias parecem galgos... 
Com isto faltam 3 semaninhas para o grande dia. Não me vou alongar na miscelânea de sentimentos que me têm  assaltado estes dias. Até porque quem me lê e percebe da arte sabe perfeitamente do que falo e entende que de nada vale gastar latim escrito para decifrar esta encriptação.
Mas estou aqui para resumir esta semaninha de preparação.
Segunda feira não deu para cumprir o previsto reforço muscular. Trabalho, reunião e fisioterapia de relaxamento, a miúda não teve mais por onde se esticar.
Terça feira um treino de rampas para abrir a caixa e melhorar a força das pernas. Curto mas intenso.
Quarta feira optei por fazer o trabalho de casa de segunda feira: 45`de reforço muscular. 
Quinta feira rolei durante 1 hora. Surpreendentemente as pernas estavam leves e com vontade de acelerar. Fiz-lhes a vontade e elas seguiram felizes e contentes. :D
Sexta feira estava previsto um treino de 45`. Como terminei tarde as aulas, decidi fazer esse treino na bicicleta. Não foi preguiça, foi precaução! Na véspera senti um desconforto na parte lateral interna do pé esquerdo. Para evitar massacre, siga para a bicicleta. A menina já chorava de saudades minhas! :P
Sábado foi um treino de dona de casa. 
Domingo, último treino longo e duro. Fui novamente fazer o percurso até Carvalho de Rei. Desta vez, além do Berto, também se juntou a Sandra Fernandes. Com um tempo a fazer jus à lenda de S. Martinho, o dia não podia estar melhor. 
Já familiarizados com este trajeto, o Berto orientou-me de forma diferente: caminhar nos parcos locais planos e as subidas sempre a correr. Se bem o projetou assim se cumpriu... durinho mas cumpriu-se. 
A décima semana resumiu-se a 45 kms. Esta fasquia vai agora entrar em ordem decrescente para dar algum descanso às pernas, pois não ando aqui a treinar para subir a pódios. Os meus objetivos são muito humildes mas firmes: terminar dentro do tempo regulamentar e de sorriso no rosto. Quanto ao empeno... falamos depois! ;)
Obrigada Sandra e Berto pela companhia. O treino teve outro sabor! 

A todos uma boa semana e ótimos treinos.



domingo, 6 de novembro de 2016

9ª semana: Era uma vez a madame ousadia!

Albufeira de Vilarinho das Furnas

Esta foi a semana que mais quilómetros fiz. A partir daqui é gerir os treinos e começar a diminuir a carga. A um mês da prova, o trabalho de casa mais duro está feito. 
Assim, na segunda feira, cumpri o expediente pelo lar. É o tal momento de usar a bicicleta estática, fazer meia dúzia de kms para aquecer e depois vem a expressão corporal com agachamentos, avanços,  pranchas e fins para resumir o reforço muscular.
Terça feira foi feriado. Oh, como gosto de um feriado na semana!  O treino foi feito de manhã, como boa madrugadora que sou. 50` onde ficou incluido o aquecimento, as subidas maradas que por aqui há e que, há uns tempos atrás, achava improvável eu fazê-las, e os últimos 5` mais descontraídos.
A quarta feira foi dia de nada fazer relacionado com o treino. A vida não é só correr! Finalizado o trabalho dediquei-me à cozinha... de longe a longe dá-me para estes desvarios. :)
Sai um treininho a rolar 1h na quinta feira. Tenho optado sempre por percursos que apresentam subidas. Corro mais devagar mas com consistência.  
Sexta feira já fui treinar de noite. Ainda esperava pela chuva, mas ele viu-me sair de casa e foi embora! Uma desmancha prazeres, é o que ela é! :P. Um treino pela cidade, mais rápido que os anteriores para alargar a passada. 
Sábado andei a vaguear pela casa, escadas acima e abaixo e uma adição de metros entre as limpezas e as arrumações. 
E chegou domingo. Durante a semana andei um pouco relutante quanto a este treino. Fazer um longo de 30 km aproximadamente, sózinha, deixou-me na dúvida entre a imprudência e a audácia. O certo é que tinha de fazê-lo! Optei sair de casa e embrenhar-me na eco pista do Tâmega. Além de não haver trânsito, a passagem de vários ciclistas de fim de semana (ou não) deixava-me mais tranquila. Levei tlm para qualquer eventualidade. Todavia, se me desse a "camoeca" estava lixada à mesma. Mas os ciclistas até eram simpáticos. Se calhar tinha sorte! :D
Não foi necessário. O treino correu muito bem. Um ritmo suave, sem entrar em esforço e muito bem controlado. Na parte final apenas senti algumas dores nas costas (hérnia), mas nada demais. Terminei o banho e coloquei  as pernas em água gelada durante 15 minutos. Estão novas!! A ousadia venceu!
Nesta semana totalizei 60 kms. A um mês da prova sinto que, embora seja um desafio imenso para uma simples corredora de pelotão como eu, a meta já está transposta. Por vezes tenho ápices de receio, medo... mas depressa lhes dou um pontapé. Mania de interferir no meu intento e desejo! Apenas espero que tudo corra como previsto e as lesões se mantenham longe, bem longe, mas muito longe de mim. :D
Boa semana e bons treinos! ;)

domingo, 30 de outubro de 2016

8ª semana: Entre a vontade... e a constipação!

Miradouro da Fraga Negra 

Esta semana previa-se mais intensa a nível de treino e de quilómetros, embora não incluísse o "longão". Se assim se previa assim se cumpria, mesmo com algumas condicionantes pelo caminho... mas vamos lá ver como correu!
Segunda feira: aquecimento de 20 minutos na bicicleta estática e circuito de força ou reforço muscular. Qualquer das duas serve para justificar as figuras encantadoras que faço aqui por casa. 
Terça feira vieram as rampinhas. 20 minutos de aq. e depois siga para 15x150m de rampas. A melhor parte deste momento de esforço foi a chuva que caiu para refrescar os poros.
Quarta feira aproveitei para ver a minha série que estava em atraso, fazer o jantar a horas decentes e aproveitar a quietude do lar. Resumindo: não calcei as sapatilhas.
Quinta feira tinha 1h 20m para rolar. Esperei por uma hora mais tardia devido ao calor anormal que se fazia sentir. Comecei por volta das 18h e mesmo assim não estava fácil. Terminei, já era noite, e a temperatura tinha descido bastante. Como estava afogueada do esforço decidi fazer os alongamentos ainda ao ar livre. Os vizinhos estavam a chegar do trabalho e  encetaram  conversa. Eu nos alongamentos, e mais uma opinião ali, uma sugestão acolá, e mais um que chega e se junta à conferência... quando reparei já tinham passado uns bons minutos exposta à aragem da noite. Subi a correr para o banho e evitar um mal menor... mas já não fui a tempo. Quando terminei o banho já espirrava como uma Madalena. 
Sexta feira acordei com a sensação que tinha sido atropelada por um carrinho de rolamentos ( achei que se dissesse por um automóvel ou afins seria exagero :D). Corpo molengo, cabeça pesada (mas consciência tranquila) e dores de garganta. Não augurava grande dia... Quando terminei as aulas mal conseguia conduzir. Cheguei a casa e deitei-me. "Como vou treinar assim? Mas eu tenho de ir... Talvez um treino curto ajude a passar a mazela". 1h depois já estava equipada e pronta para fazer um treininho curto. No fundo para cumprir o calendário. Custou no 1º km mas depois tudo desapareceu. Optei por testar uma subida vertiginosa e depois fazer 2 km mais rápido. E não é que fiz a subida (inclinação com cerca de 20%) sem problemas?! Apenas um ligeiro abrandamento e... feita. O restante treino foi do melhor.
Sábado garganta a "arranhar", dores de corpo e cabeça. O meu treino foi de 400m (ida à farmácia e voltar). O sofá aturou-me toda a tarde mais a medicação prescrita. Tinha de ficar boa pois queria fazer o treino de domingo. Mimando-me e cuidando de "moi meme" o certo é que a coisa melhorou.
Domingo a cabeça não doia, a molenguice do corpo tinha desaparecido. Só tinha mesmo o pingo no nariz, uns espirros que mais pareciam terramotos e uma voz fanhosa. Mas isso não era impeditivo. Lá fui eu fazer o mesmo percurso do último domingo com uma elevação total de 750m. Desta vez foi feita quase sempre a correr. em 6 km, caminhámos cerca de 400m. (o mesmo colega voltou a entrar na maluqueira). Treinar a passada a usar nas subidas do percurso do Gerês. Cheguei à conclusão que, o mais custoso, serão as descidas. 
Assim, posso colmatar dizendo que, mais uma semana terminou e o plano fez-se com a maior naturalidade possível, com 52 km cravados nas pernas. Podem nem ser muitos kms, mas estou a falar de muitas subidinhas fabulosas pelo meio. Muito contente com o resultado!

Bons treinos e uma ótima semana para todos!




domingo, 23 de outubro de 2016

7ª semana: O peculiar gosto guardado nos cordões das sapatilhas!

Serra Amarela beijada pela Albufeira de Vilarinho das Furnas
E já se passaram 7 semanas desde que dei início a este plano de treino. Metade do plano está trabalhado e sem incidentes. Habituei-me ao esquema e... não falho! 
Segunda feira cumpri mais um dia de reforço muscular. No final fui mimar-me. Quase 2 horas de tratamento de choque às costas (estavam uma lástima) e às minhas ricas pernas que, apesar de estarem a portar-se lindamente (espero que não se estraguem com o elogio :) ) também precisavam de uma boa massagem.
Terça feira iniciei o segmento de rampas. Bem, rampas são sempre rampas.10 x 100m não foi mau principalmente com chuvinha a acompanhar. Curto mas vigoroso.
Quarta feira dediquei o tempo  livre a fazer novas "obras no telhado" e a aproveitar meu filho. Tadinho, todos os dias vê a mãe a sair de casa desenfreada para treinar. Também me merece!
Quinta feira rolei durante 1h 10m. Um treino fabuloso onde senti o resultado dos mimos. As pernas seguiam sem queixumes ou refilos. 
Sexta feira foi dia de reunião e video conferência no Agrupamento. Para poupar tempo já fui semi equipada. Assim que terminou voei para 45`de treino intervalado, 
Sábado reservei-o para o descanso, passeando por aí. :)
Domingo preparei-me para o longo. Desta vez foi um longo diferente. Escolhi um percurso idêntico ao que há na prova. Desta vez não fui só. Um amigo alinhou e acompanhou-me nesta magnífica maluqueira.
Para quem conhece (quem for de Amarante sabe) arrancámos do campo de futebol de Jazente e tentamos correr o máximo do percurso possível até Carvalho de Rei. O ganho de elevação rondou os 600m em 5 kms. O tempo estava de feição e, para a primeira vez que se fez, não correu nada mal. Houve partes que tivemos mesmo de caminhar, mas o resultado final foi muito bom. Como nos sentíamos bem, corremos até a freguesia seguinte (Guarda). Totalizamos 1h 50m de treino.  Basicamente é isto que me espera no Gerês. ;)
Esta semana a soma de todos os passos rondou um pouco além das 4 dezenas. Quando mete subidas a conversa difere um pouco no número de quilómetros mas que é empolgante, disso não há dúvida!
Boa semana para todos! ;)



domingo, 16 de outubro de 2016

6ª semana - Correr pelo outono!

Eu a olhar para a última etapa da prova: descer as voltinhas de S. Bento...até suspiro!
As temperaturas desceram um pouco e a chuva regressou à terra. Nesta semana o cheiro a outono intensificou-se. Para treinar não há melhor. 
Assim, na segunda feira, vi a chuva pela janela. O treino foi dentro de casa com 5 km de aquecimento na bike, seguindo-se trabalho de reforço muscular. Este trabalho feito em casa tem as suas vantagens: dá para controlar a panela no fogão. :)
Na terça feira a chuvinha chegou mesmo na hora do treino. Magnífico! Com a empolgação até fiz mais do que o previsto (20x100m ao invés de 17x 100m). Foi um treino curto (7 km) mas potente!
Quarta... ai minha rica quarta feira! Vejo-a quase como um feriado. Descanso das perninhas porque elas também precisam.
Quinta feira foi dia de rolar 1h. Com uma chuvinha que ia e vinha, com as pernas a responderem sem refilar e ainda uma ajudinha a um pobre homem que tinha a carrinha empacada num caminho, lá somei 11kms. 
Sexta feira tinha 6 x 400m para fazer. Mas algo não estava pelos ajustes e optei por 8 x 300m. Com esta reformulação as pernas ficaram mais agradadas... e eu também. :) (7 km)
Sábado é o tal dia muito idêntico à quarta, à exceção de que ainda adiciono umas boas centenas de metros a rodopiar pela casa passeando pelas tarefas domésticas.
O domingo foi reservado para o longuito. Saí de casa e mergulhei, novamente, na ecopista. Humm, muito agradável aquele cheiro a terra molhada, as folhas humedecidas da chuva da noite, o orvalho deixado pelo nevoeiro, uma brisa fresca e suave contribuiram para que os 20 kms feitos não fossem tão extenuantes e mais aprazíveis. Correr pelo outono é outra coisa! :)
Feitas as contas, a soma de todos os passos galgados aproximaram-se da meia centena de kms. 
A próxima semana avizinha-se mais intensa. Mas antes disso vou ter de ir dar uns miminhos às pernas pois já começam a acusar alguma fadiga.
Por agora é tudo!
Bons treinos e boa semana para todos! 

domingo, 9 de outubro de 2016

5ª semana: As pernas largaram a parvoíce! ;)

Quando o Rio Gerês entra nas águas da Barragem da Caniçada


Quando nos dá na cabeça de fazer o registo semanal dos treinos, também têm a impressão que a semana passa mais rápido do que o normal? Ou é apenas paranóia minha?!?

Entrei numa nova fase de treinos. Aquela fase em que começa o trabalho a sério... 
Sem mais demoras passo à descrição do trabalho de casa.
Na segunda feira é o dia de treino "indoor". 15`de aquecimento, (normalmente faço na bicicleta estática) e 45`de reforço muscular. A exemplo das outras semanas não vou descrever pormenorizamente esta parte pois, quem me lê, já conhece os exercícios que são efetuados.
Na terça  aquecimento de 15`+ 15x100m + 5` de rec. Um treino para esticar as pernas.
Quarta feira é o dia que se apresenta isento de treinos, segundo o plano, por isso, descanço. 
Na quinta feira tinha 1h a rolar. Aproveitei para fazer essa hora entre subidas e descidas. Este foi o dia em que me senti mesmo bem. As pernas estavam soltas e não se queixavam do esforço.
Sexta feira foi 15` de aquecimento + 4x400m + 5`de rec. Estas séries custaram um pouco, mesmo com 2`de rec. Nunca pensei que 400m fossem tão longos.
Sábado aproveitei a folga do plano e visitei o Gerês. Boas sensações, energias positivas e reencontrar pessoas amigas que lá deixei. Um dia fantástico com vontade de regressar. 
Domingo dia de treino longo. 1h40m para correr. Saí de casa e enfiei-me na eco pista. Mais uma vez as pernas portaram-se muito bem. Deixaram-se de "parvalheiras" e correram como gente grande. 18 km foi o resultado. 
Feito o somatório da semana o remate foi de 44 kms. Parece pouco, mas isto ainda só vai na 5ª semana de 13. Há ainda muito para somar.
A avaliação que faço desta semana é muito positiva. Além de cumprir, na integra, o que estava previsto no plano, também começo a sentir as pernas a responderem corretamente ao que lhes exijo. 
Siga para a 6ª etapa! ;)













domingo, 2 de outubro de 2016

4ª semana resolvida!

Rio Gerês

E terminou hoje os mimos de adaptação. Sim, porque o que fiz durante estas 4 semanas não foram mais do que uns meros "passeios" quilometrados e aquecimento muscular. 
Na segunda feira seria dia de reforço muscular, mas como não andava muito bem ( ansiedade e nervosismo) não consegui arranjar forças para cumprir o previsto. Na terça feira fiz o treino com variação de ritmo e na quarta fiz o reforço muscular que não tinha feito na segunda. Linda menina!
Na quinta feira regressei aos treinos com o grupo da ADA. 1h a rolar e um calor do caraças. 
Sexta e sábado descanso porque isto não é só colocar as sapatilhas a trabalhar.
Hoje, domingo, 1h 20m a rolar... mas foi estranho o treino. Primeiro acordei na mó de baixo. Após o aquecimento, as pernas literalmente puxavam-me para trás. Não queriam correr. Não as sentia cansadas nem com dores musculares, mas estavam parvas. Hoje foi a cabeça que correu. 
A partir da próxima semana, o teatro vai ser outro... haja pernas porque a cabeça e o coração só pensam no objetivo. 
Até breve!


domingo, 25 de setembro de 2016

3ª semana na senda do desafio!

A vila do Gerês e a Albufeira da Caniçada vistas do Miradouro da Preguiça

A terceira semana de treinos de adaptação terminou hoje. É bom chegar ao fim de semana e dizer que as atividades previstas da semana foram cumpridas sem sobressaltos. Quando um objetivo de forte envergadura está na nossa mira, cada semana de tarefas cumpridas é uma vitória. 
Passando ao que realmente interessa, na segunda feira foi dia de reforço muscular. Sim, esse mesmo dia em que transpiramos como loucos sem sair de casa. Pranchas, agachamentos, avanços e recuos, e mais uns não sei quantos exercícios que nos deixa a camisola ensopada. Fantástico, não é? 
Terça feira o tal dia de treino curto mas com alteração de ritmos.
Quarta foi "feriado". Na quinta estava previsto um treino de 50` a rolar, mas, como foi uma semana estranha pela rua onde vivo, devido a tentativas de arrombamento de portas e apartamentos assaltados, resolvi fazer os 50`na bicicleta estática, em casa. Sei que não é a mesma coisa, mas as pernas moveram-se, que era esse o intuito. 
Sexta feira foi o 2ª "feriado". Sábado também deveria estar tranquila mas resolvi fazer mais uma dose de reforço muscular, OMG, e que dose! Hoje, domingo, para fazer o treino de 1h20m parecia que os musculos estavam todos deslocados. Há exceção desse pormenor, o treino correu muito bem. Fiz a segunda parte com alguns colegas do grupo de treino da ADA. Soube bem o reencontro!
Treino feito, semana terminada e fica a faltar apenas mais uma para finalizar os treinos de adaptação. Depois, bem, depois conto... escrevo umas coisinhas por aqui. ;)


sábado, 17 de setembro de 2016

A caça continua...

Pela Mata da Albergaria - Rio Homem
Terminou a 2ª semana de preparação. Se a semana anterior foi de adaptação, esta foi uma consolidação da adaptação. 
Na segunda feira o treino foi de 35` com alteração de velocidades (tabata). Desta vez cumpri o plano do dia na integra. Terça foi dia de descanso e na quarta 1h e  uns trocos de reforço muscular, na companhia do meu filho. Sim, é verdade, ele quis alinhar na "brincadeira". 
Bem, na quinta acordei com um caminhar novo, bonús dos exercícios do dia anterior. Mas plano é plano e esperavam-me 60` a rolar. Uiii... as pernas estavam maradas, mas, entrei no ritmo e lá finalizei o treino totalizando quase 11 kms. 
Sexta recuperar... e que bem que soube.
Hoje, sábado, esperava-me 1h e 20` com descidas e subidas... mas não esperava deitar-me tão tarde e acordar tão cedo (3 horinhas e pouco de sono). Mesmo assim fui treinar... aiiiii, ao fim de 7 kms já o cansaço se tinha apoderado de mim... mas tinha de continuar... "deixa-te de tretas e corre! O treino é para terminar. Não cedas e segue!" Esta foi a conversa que tive comigo ao longo dos restantes 7 kms. Como se pode verificar, um diálogo super interessante e motivador. :/  Custou mas terminei!
Estou contente por cumprir o plano previsto. O número de kms aumenta lentamente, como manda o figurino, mas sempre com calma... 
Até breve!





sábado, 10 de setembro de 2016

Abertura oficial da caça aos kms!

Ponto de passagem na prova! Estrada em terra que liga a Mata da Albergaria ao Campo do Gerês!

E começou... 
Peguei no plano de treinos que me foi dado no ano passado para treinar para a Maratona do Porto e adaptei-o para a Maratona do Gerês. Aqui o objetivo é terminar, de preferência, inteira!
A primeira semana é sempre tramada, principalmente quando houve uma paragem de 15 dias e... de férias. Ultrapassado o síndrome do "não fazer nenhum", o calendário mandava atar os cordões e recomeçar os treinos.
Assim, na segunda feira foi dia de aquecer e reforçar a musculatura. Aquecimento de 15` em bicicleta e aqueles exercícios de reforço muscular, embora senti-os mais como alongamentos depois da pequena tareia que levei no sábado ao subir ao Pico da Nevosa. Não moeu mas ficou registado.
Terça feira segui para a estrada. 15`de aquecimento e a querida Tabata (15`` rápido, 15`` lento, 30``rp 30`` lt, 60 `` rp, 60`` lt, 90`` rp, 90`` lt  x 3). Tenho a dizer que só a fiz 2 vezes. Fase de adaptação! Recuperação de 5`e ficou feito o trabalho de casa... ou da estrada.
Quarta feira dia de descanso e na quinta de volta com 50` a rolar. Fiz pouco mais de 9 km. As pernas ainda não entraram no ritmo, embora a preparação não exija velocidade, pede antes resistência e regularidade.
Sexta feira dia de descanso e hoje, sábado, 1h 20m a rolar, com descidas e subidas. Sério? Amarante é famosa nessa tipologia de relevo. Meti-me na Eco Pista e somei 14 km. Aparentemente nada demais, mas, relembro, estou em fase de adaptação e a pressa é  inimiga da perfeição.. por isso vou com calma... muita calma! ;)







terça-feira, 6 de setembro de 2016

Pico da Nevosa, foi um prazer!

"O Pico da Nevosa é o ponto mais alto da Serra do Gerês e o segundo mais elevado de Portugal Continental, com a altitude de 1546 metros. Fica na fronteira com a Galiza, segundo folha do Instituto Geográfico do Exército." by Wikipédia


Antes de dar início à descrição semanal dos treinos rumo à Maratona do Gerês, não posso deixar de parte uma breve descrição da minha humilde visita ao Pico da Nevosa.

Após conversações efetuadas com o Diogo Sá Lima (projeto Caminheiros do Gerês), agendamos para sábado passado (03/09) a subida até ao ponto mais alto do Gerês. O ponto de encontro ficou marcado nas termas de águas quentes de Lobios, Ourense. O grupo ficou formado com a presença do Eduardo, a Maria João e o Luis.
Início da Odisseia
Dali seguimos num só carro até à Ermida do Xurês. Avançamos pelo trilho das Minas das Sombras... embora de sombras pouco tivesse, pelo menos nesta altura! Caminhamos em direção à ponte de porta paredes que dá passagem sobre o rio Vila Mea. 
O Sol começa a apertar!

Ponte Porta Paredes

À medida que subíamos fomos descortinando pequenas cascatas e piscinas naturais formadas ao longo do rio. Vontade de descer as ravinas e dar um mergulho naquelas águas não faltou... mas o objetivo era outro. 
Tentações!


Pausa para... troca de opiniões!
A primeira paragem para descansar foi aos 5 km junto a um "oásis" de montanha. Uma pequena fraga beijada pela água e protegida pelas sombras de algumas árvores. Deu para banhar os pés e prepará-los para a dose seguinte.
Um mimo delicioso!
A partir dali a conversa já era outra. Mais pedra e o dobro da atenção. Por vezes parávamos para vislumbrar as enormes montanhas que nos ladeavam. Belas e imponentes.

Depois de muitas pedras pisadas e muitos raios de sol, encontramos um paraíso de temperaturas baixas: as Minas das Sombras. O Diogo e o Luis atreveram-se a entrar no "pólo norte". Eu, o Eduardo e a Maria ficámos pela frescura da entrada. 
Mina das Sombras
Hora de continuar e, desta vez, quase a trepar. Uns metros antes de chegar ao marco nr 91 protegidos pelo Alto da Amoreira e o Pico do Sobreiro em ambos os extremos, decidimos fazer a nossa refeição ainda em terras galegas. Já estava na hora de repor energias pois a Nevosa ainda distava uns 4 kms.   
Mesmo a uma altitude que rondava os 1200 m, o calor não dava tréguas. De vez em quando corria uma brisa, mas depressa o calor ocupava o seu lugar!
Almoço com esta panorâmica!
Energias repostas hora de voltar ao caminho. Já em terras lusas, trepamos uma encosta até nos surgir à frente as minas dos Carris, bem ali ao fundo. Descemos e estivemos ali um pouco a paparicar a pequena albufeira e as famosas janelas com vista para a Nevosa... e o resto do que se pudesse alcançar. 
Carris à vista!

Oh prá ela ali!

Menina que estás à janela...

Próxima paragem... já vos conto! A nossa menina parecia ali tão perto, mas ainda faltavam cerca de 2 mil metros para a alcançar. 
Figuras...



Diogo para a posse!

Luis encontrou-se esculpido na rocha!

No comment!

Entre pedras e vegetação rasteira, entre conversas e fotos, entre subidas e descidas, entre território galego e luso... ali estava ela.
Olá menina!

Últimos metros antes do cume!
Como tínhamos encontro marcado apressamo-nos a fazer a última escalada até ao seu cume onde nos aguardava uns bancos improvisados pela erosão, umas vistas fabulosas por qualquer lado que olhássemos. Conseguimos avistar serras tão longínquas como o corno de bico, Serra de Arga, Serra Amarela, Santa Eufémia, Larouco, Soajo, Peneda, Laboreiro e Cabreira. Claro está que ficámos com aquele sorriso de objetivo cumprido após 14 kms de pura adrenalina e... suor!

Visão imponente!

Apenas apreciando!

A Nevosa, eu e o céu!

Belo!

Já se aproximavam as 18h. Era hora de descer e dar uma última espreitadela ao Curral do Marabaixo vizinho da grandiosa Nevosa. Um curral ainda com cores verdes, que com o calor que se tem feito sentir, é uma raridade. 
Por unanimidade, decidimos arriscar cortar caminho entre o Pico do Sobreiro (em território Português )  e o Altar dos Cabrões (em território Galego) para chegar mais rapidamente às minas das Sombras. Se bem o pensamos assim o fizemos. Criativos como somos, improvisamos um trilho entre a vegetação, seguindo sempre um foco de orientação. Se foi uma aventura fazer este corta mato o que nos esperava tornou-se épico: descer o Pión de Paredes até à Mina das Sombras. O quê???? Acreditem que, se tem Paredes no nome, não é por acaso. O Diogo e eu fomos analisando as melhores estratégias para descer sem ter de rolar por ali abaixo. O Eduardo, a Maria e o Luís seguiam um pouco mais atrás.
Pión de Paredes... Ufa!
Cada passo dado tinha de ser pensado e cuidado. Sempre que possível a vegetação era a nossa corda de segurança. Em pequenas fragas o rabo era um auxiliar poderoso. Sempre que olhava para baixo tinha a sensação que as minas estavam a afastar-se. As pernas já tremiam pelo esforço acrescido, mas não havia margem para facilitar. Tentei sempre seguir o Diogo e, após aquilo que me pareceu uma eternidade... eis-nos nas minas. Finalmente!!! O que vinha a seguir áquilo era mimo... pensava eu!
 Minas ao entardecer!

Depois daquela descida a rapariga até estava impecável!



Como demoramos imenso tempo a descer e a concentração era o principal, eu "apertei" e só "vert águas" quando cheguei às minas. O que eu não esperava era começar a sentir o desconforto do início de uma infeção urinária... e assim foi. Tentei controlar até à última paragem, exatamente no "oásis" de montanha que falei acima. Mas foi impossível! O desconforto e dores surgiam. Só queria caminhar e ver o carro, mas ainda faltavam 5 km. Não sentia cansaço nem desgaste, apenas incómodo. Tentei não pensar e focar-me no caminho, mas era impossível. O Diogo bem tentava apaziguar, mas acabou por ter de me aturar. 
Já de lanternas ligadas, chegamos à ponte. Ai... já faltava pouco... Estava a morrer de sede. Entretanto o incómodo diminuiu. A noite já nos acompanhava há mais de 3 km. Éramos nós, a serra e a noite. O carro... vi o carro e a fonte bem perto. Eu e o Luís quase secávamos a fonte (estou a brincar). Alivio enorme!!
Depois deste resumo, que de resumido tem pouco, apenas posso resumir que foi um sábado colossal. Companheiros de aventura do melhor, trilho grandioso e objetivo cumprido. Nevosa, já estás alcançada!
Obrigada ao grupo por tudo. Obrigada Diogo pela oportunidade. Um dia memorável! Espero o reeencontro numa próxima aventura!