terça-feira, 28 de julho de 2015

Pelo Gerês...

As férias iniciaram com nota 10. Quem me lê pode deduzir, pelo título do post: "A rapariga decidiu fazer uns treinitos, para os lados do Gerês."
Correr está dentro dos planos de férias, mas há exceções. Este fim de semana teve, como prioridade, caminhar em trilhos e desfrutar da paz que o Gerês tem o dom de ofertar.
Vista para a Albufeira

24 julho, chegada a Vilar da Veiga. Após colocar os pertences na "alegre casinha" com vista priveligiada para a Albufeira da Caniçada, foi necessário abastecer o frigorífico. De mochilas às costas, seguimos em direção à Vila do Gerês, para 4 km de caminhada. Mochilas atestadas o retorno foi feito com muita conversa e animação. 
A noite convidou a um passeio pela vila. Inadvertidamente, reparo numa indicação a anunciar um espetáculo de "Stand up Comedy", com Zé Pedro. Entre olhares de concordância, seguimos para o auditório. Embora imprevisto, acabou por ser um excelente momento de boa disposição.
25 de julho acordou com um sol radiante, prenúncio de um dia quente e convidativo para aproveitar o que a natureza tem para nos presentear.
Regra: não olhar para baixo!
Após uma rápida visita à Pedra Bela e fotos da praxe, seguimos até à Portela do Homem. Deixámos ali o carro e caminhámos até à Ponte de S. Miguel. Aqui  visualizámos a queda de água e o poço que atrai imensos visitantes. No final da ponte iniciamos o caminho de acesso às Minas dos Carris, mas antes ainda deu para registar a queda de água e o poço cristalino.
Seguimos pelo trilho empedrado, tendo como companhia uma vegetação densa, o som melodioso da água a correr, o chilrear dos pássaros e o esvoaçar colorido das borboletas. Do nosso lado esquerdo engalanava-se a Encosta do Sol.
3 km percorridos, fizemos uma pausa para ir a banhos numa das magníficas lagoas do Rio Homem. As águas limpidas e transparentes convidavam a permanecer ali o resto do dia...
Delicioso!
... mas o nosso intuito não era esse. Ingerimos algo ligeiro e colocámos os pés no trilho. O meu estômago estava virado do avesso devido a um café que tomei ao pequeno almoço. Tive de lutar contra a má disposição durante uma boa parte do caminho. Concentrei-me no piso e na paisagem e a indisposição dissipou-se.
Parte fácil do percurso! :D
À medida que os kms passavam, a vista era extremamente soberba. As pedras e pedregulhos acompanharam-nos em 98% do percurso. A vegetação deu lugar a uma zona árida. Estavámos já a uma altitude significativa e o calor apertava. Valeu-nos uma brisa que consolava a passada.
Soberba!
Pudemos apreciar as cabras a saltitar, as vacas a pastar, mas, por incrível que pareça, não encontramos cobras a rastejar...!
Apanhada...
10 km feitos e as Minas dos Carris apareceram no nosso campo de visão. Assim que transpus aquele que foi, outrora, o portão de entrada, o chão estava atapetado de excrementos, essencialmente, bovinos. Mais parecia a casa de banho do público animal. A visita foi rápida pois o cheiro era insuportável, mas a paisagem era deslumbrante.
A chegar...
A descida foi feita pelo mesmo caminho, mas exigiu uma maior concentração. Um pé mal colocado e poderia ser a ruína do passeio. Parámos apenas uma vez para beber água e comer fruta. Aproveitámos para absorver toda aquela imponência natural. Duas horas e pouco após termos iniciado o retorno, chegámos à Portela do Homem. Momentos depois já absorvíamos aquele verde extasiante e arrebatador do parque.
Única!
Para terminar o dia, estiquei as pernas na varanda, tendo como pano de fundo a Albufeira e a calma que a água me transmite. Descontração total.
Domingo foi dia de seguir desde a Pedra Bela até à Cascata do Arado de mochila às costas. Desta vez o trajeto era bem mais fácil.
Fiquei um pouco dececionada quando chegámos à Cascata e a água era quase inexistente. Galgámos as pedras nuas do rio e estendemos a toalha junto a uma das pequenas lagoas.
Alguém descobre as 2 GREEN?
Aquilo mais parecia uma romaria. Os visitantes trepavam pelas pedras, pelos caminhos acidentados que ladeavam a cascata, tudo era válido só para chegar à queda de água. Com pouco sossego, decidimos almoçar e deitar os pés à estrada. De regresso, os locais destinados para piqueniques estavam repletos de familias. O Gerês abarrotava de visitantes.
Para terminar a nossa estadia decidimos usufruir das águas do rio Caldo e Gerês, a escassos metros da casa que nos acolheu.
Despedida
O registo fotográfico não foi extenso. A nossa preocupação era sentir e gravar na memória todos os locais e cenários que visualisámos.
Na hora da partida a nostalgia apoderou-se da alma. A vontade de ficar naquela envolvência apaziguadora, naquele verde relaxante, naquele cheiro a paz... era enorme. Mas as obrigações trouxeram-nos à realidade.
O Gerês é encantador pelos diferentes tons naturais, pelas magestosas elevações, pelos seus recantos mágicos, pela especificidade inerente e por ser... o Gerês.
Um fim de semana neste paraíso soube, definitivamente, a pouco... mas o pouco que foi, foi estupendo!


segunda-feira, 20 de julho de 2015

A "Suadela" do piquenique!


O grupo
Identifiquem a diferença entre esta foto e a seguinte!


Verão, calor, sol, natureza... tempo convidativo para uns piqueniques ao ar livre e deixar, por um dia, o treino de lado. 
Ontem, 19 de julho, a maioria dos elementos do grupo de atletismo dos veteranos da Associação Desportiva de Amarante, reservou o dia para a confraternização. Entre amigos, familiares, comida, bebida, conversa e risadas, o domingo foi de puro convívio e animação. 
Esmiuçando esta introdução, tal como tem sido hábito, nos últimos 2 anos, no final da "época" de provas, resolvemos realizar um piquenique para repor animos, atualizar conversas, travar novos conhecimentos, contar piadas, reacender risadas e, a melhor parte, comer e beber. Não vou citar o nome de todos os presentes pois, além de sermos cerca de 30, quando chegassem a metade da lista já estariam a bocejar. Assim, só pelas fotos introdutórias dá para imaginar a dimensão do banquete e as carinhas larocas presentes.
A Lagoa de Freixo de Baixo foi, mais uma vez, o local selecionado para a festança. Um local aprazível, com um espaço verde fenomenal aliado uma piscina natural onde é possível ir a banhos, quer de água quer de sol.
Como a procura do lugar é muita, tivemos que ir cedo para conseguir mesas no sitio mais amplo. 
Desta vez pude contar com a presença dos meus pais e meu irmão, o que tornou o dia ainda mais interessante. 
Apeamos os carregos típicos de quem pensa levar a cozinha arrastos para um dia fora de casa, e fizemos o reconhecimento do local para preparar o estômago para o repasto. Outros elementos agruparam-se no bar ali existente para o cafézinho vital que lhes iria dar alento para a Sauna que os esperava junto ao grelhador.
Conversa ali, brincadeira acolá, passeio mais além, chegou-se a hora de "aquecer" as grelhas e cozinhar as carnes. 
Tudo foi naturalmente organizado: uns grelhavam, outros auxiliavam, alguns apreciavam, uns conversavam e outros fotografavam. Tarefas devidamente divididas, como se pode deduzir. 
Hora de manducar. Pratos, talheres, copos saltaram das pilhas de sacos, os pratos começaram a ficar ornamentados e coloridos. Os copos dificilmente estavam vazios (atenção, bebi pouco!) porque as "fontes" pareciam inesgotáveis.
Quanto às sobremesas era cada uma a melhor, o problema mesmo era  existir espaço no estômago para tanta coisinha boa. Não posso esquecer de referir que, durante este período de "atestar o depósito", a diversão foi imperatriz.
Seguiu-se o momento do café na esplanada. Parte das cadeiras ali existentes foram rapinadas por nós. 
O resto da tarde foi passado entre conversas, muita animação, banhos, fotos, reabertura da parafernália de sacos e arcas para a segunda parte do festim. 
Finalizou-se o dia com a foto do grupo para mais tarde recordar.
Nestas linhas resumi o dia de ontem que foi, sem sombra de qualquer dúvida, fantástico. São estes momentos de descontração, camaradagem e convívio que ficam e que ligam as pessoas. 
A todo o grupo obrigada pelo grande dia e no próximo ano há mais!

Segue-se o link das fotos. (É só clicar em FOTOS)





quinta-feira, 16 de julho de 2015

Destino... 42 km!




Há um ano atrás, por esta altura, já tinha iniciado o plano traçado para fazer a maratona. Foram 18 semanas de disciplina, empenho, dedicação e... muito cuidado para não atrair lesões. Durante esse período aprendi a controlar a minha ansiedade, a moderar o esforço e a obedecer ao plano mesmo quando o corpo ou as circunstâncias me desfocavam.
As 18 semanas culminaram numa prova tranquila em que o objetivo foi concluir, bem, feliz e sem mazelas. O propósito foi conseguido! 
O que ficou da maratona? Tal como alguns amigos atletas bem me disseram: a partir do momento que cortamos a meta dos 42 km passamos a ter uma visão da vida completamente diferente... e de nós. Afinal há coragem, vontade, força, determinação e animo que nos move até à meta. Afinal não somos tão fracos assim. Afinal somos capazes!!
Este ano propus-me a efetuar, novamente, a perípécia de correr a maratona. O plano que irei cumprir será mais reduzido (8 a 12 semanas). Como tal, neste momento, apenas vou metendo alguns kms nas pernas mediante a minha vontade e a ritmos tranquilos. 
No meio disto tudo sinto a ausência de algo que me impede de ter o mesmo entusiasmo de há um ano atrás: o desconhecido. Sei já o que é correr 42 km. A novidade dissipou-se... mas também sei que não há provas iguais! No entanto sinto a falta de um ingrediente para apimentar o entusiasmo e cravar a determinação.  Aquelas "borboletas" no estômago voaram para longe. As palpitações incomuns não surgem quando falo na maratona. Ou então... amadureci as minhas perspetivas e sensações quanto a esta "miúda". 
Provavelmente, com o inicio do plano, a motivação retorne... mas continuo a sentir que falta algo... mas o quê?
Preciso acionar o filtro para conseguir rumar  aos 42 km!