domingo, 28 de julho de 2013

A.D.Amarante T.R. no 1º Trail Run da Lixa

Equipa Preparada!
( Elisabete Ribeiro, Eduardo Santos, Luís Mendes, António Mendes, Hélder Pinto, Bruno Vinhós, Valter Cardoso, Urbano Ribeiro, Helder Ribeiro e Davide Pinheiro)
Um dos meus objetivos deste ano era participar num trail oficial. Já tinha realizado alguns treinos em trilhos com este grupo, A.D.Amarante Trail Running, e tinha gostado imenso.
Surgiu esta oportunidade de realizar este trail na cidade da Lixa, bem pertinho de Amarante, com 20 km de distância. Aproveitei imediatamente. O meu único propósito era terminar este novo desafio, sem me preocupar com tempos. Apenas finalizar!
Com Baltazar Sousa, grande atleta!
O meu número da sorte de... estreante! 
O espírito era de descontração. Todos os elementos presentes estavam ali para uma manhã de convívio e de desporto. Esta prova acabou por ser motivo para reunir alguns colegas do grupo... incluindo eu!
Contudo, mesmo neste ambiente, não pude evitar sentir um misto de receio e curiosidade. Afinal, ia para o desconhecido!
Não eram muitos os atletas participantes nesta 1ª edição do Trail cidade da Lixa. Mas encontrei lá caras bem conhecidas, como foi o caso do grupo "Falta muito?" e, admiravelmente, Baltazar Sousa (Estava ali porque tomou conhecimento deste Trail devido à minha publicação no facebook).
Agrupamo-nos junto ao pórtico da partida. Arrancamos sem euforias. Os primeiros 500 m foram em grande grupo, com piadas e boa disposição doas elementos "Falta muito?".
A boa disposição reinava e ainda... Falta muito!


Entramos na zona florestal. Os caminhos poeirentos e irregulares tinham começado. As descidas davam lugar a subidas incrustadas ora de terra solta, ora de pedras. As preocupações principais era colocar corretamente os pés nas descidas vertiginosas e orientar-nos pelos trilhos. Mas esta parte não correu muito bem. Ao 4º km seguimos pelo caminho errado. Por sorte, o Baltazar Sousa já vinha em sentido contrário, inconformado, pois já tinha feito muitos kms com este engano. Alertou-nos que não havia mais fitas. Retomamos o caminho pela marcação certa. Mais subidas surgiram, mais descidas... e alcatrão!
Aqui o João (de laranja) e o Davide (verde) em mais uma subida! 

Aqui já seguia com o João. Um atleta do Montijo, mas que estava em Ermesinde a passar o fim de semana. Logo atrás seguiam-nos outro grupo, 3 atletas de Gondomar, o Davide e André Ferreira, também estreante em trails. Foi  nesta estrada que nos voltamos a perder. Seguimos pela estrada quando devíamos ter virado à esquerda.  A sorte é que depressa demos pelo engano. Já pensávamos que seguíamos pelo caminho correto quando nos chamam do outro lado. Novamente enganados! Atravessamos um riacho, subimos um caminho íngreme e tentamos orientar-nos. Entretanto conseguimos ir ao encontro do Davide. Estando os três, as possibilidades de engano eram menores. No entanto, a certa altura do percurso, a desorientação voltou devido à não visualização das fitas. Já na parte final do percurso, encontrei novamente os atletas de Gondomar. Seguimos juntos até ao final. 
O inicio de uma descida longa e acentuada!


Entretanto, abateu-se sobre nós uma valente chuvada. Naquele momento foi uma benção. Faltavam cerca de 2 kms para terminar o percurso.  Estava preocupada com o colega de grupo, mas a organização informou-me que estava bem e orientado. Mais tranquila, terminei a prova bem... mas cansadita. 
As pernas latejavam do esforço acrescido, mas uns alongamentos aliviaram bastante esta sensação. 
Os três companheiros de final de percurso... 

Após estarmos novamente reunidos (os que ficaram para o almoço), seguimos para a zona de banhos, disponibilizada pela organização e, posteriormente, para o almoço convívio.

Em resumo, foi uma manhã de sábado passada em pleno contacto com a natureza e com os duros trilhos a ela pertencentes. Foi uma nova experiência da qual fiquei fã, não só pelas variáveis de trilhos, mas também pelas pessoas que conhecemos no caminho.  

Considerações finais:
  • À organização: numa próxima edição deverá apostar mais na devida marcação do percurso. A falta de mais sinalização foi um aspeto negativo desta prova. De todos os participantes, julgo que, praticamente, todos se perderam. Uma boa marcação é um elemento básico para que, uma prova desta natureza, tenha sucesso. 
  • A.D.Amarante Trail Running: Uma excelente oportunidade de reagrupar alguns elementos e tirar partido de um bom momento de convívio. Obrigada a todos pela excelente manhã... embora com distâncias diferentes! Parabéns a todos nós por terminarmos bem e pela excelente participação. 
  • Baltazar Sousa: Foi um gosto ter-te encontrado neste evento e poder "roubar-te" alguns minutos do teu precioso aquecimento para conversar um pouco. Foi também um prazer conhecer o teu irmão, Filipe Sousa.
  • Ao João do Montijo: Obrigada João, pela companhia na maior parte do percurso... incluindo os enganos! No Urban Trail do Porto lá estaremos!
  • Aos 3 atletas de Gondomar: Obrigada pela vossa companhia, na parte final do percurso, até à meta. Agora é recuperar do "empeno".
A todos que ficaram com algumas mazelas, boa recuperação e... até uma próxima prova!



segunda-feira, 22 de julho de 2013

PROVA FINAL DE ÉPOCA: PIQUENIQUE!

"O bem estar na vida obtém-se com o aperfeiçoamento da convivência entre os homens.
Fonte : Moisés Maimonides

Um excelente grupo de convívio e de amizade... uma família!

Hoje a crónica desvia-se das típicas corridas e dos habituais procedimentos que a participação numa prova exige. 
Em final de época desportiva do grupo,  a ideia de realizar um piquenique, com todos os elementos e familiares dos mesmos, ganhou vida. 
O destino escolhido para usufruir de um dia de puro lazer e convívio foi o parque de merendas de Fiães de Cima, Codeçoso (Celorico de Basto). Um local não muito distante de Amarante, muito aprazível, onde se transpira natureza. Um outro fator positivo a acrescentar é a existência das piscinas municipais, para delicia dos miúdos e graúdos. 
Chegámos relativamente cedo para ter a certeza que ainda teríamos mesas disponíveis. A temperatura pedia os casacos vestidos. Das malas dos carros começaram a ser retirados os sacos com apetrechos e utensílios para piquenicar, as malas térmicas com a fruta e as bebidas frescas, as mantas para fazer uma sesta ou, simplesmente, descansar. O carvão, lenha e o respetivo grelhador também fizeram parte deste reportório. 
Apoderamo-nos das mesas livres e, rapidamente, estavam ocupadas com os inúmeros sacos transportados até ali. 
O Fernando e o seu presunto!
A primeira iguaria a ser saboreada foi um excelente presunto que o Fernando Cerqueira levou. Os sacos do pão fresco depressa se abriram para acompanhar este petisco.
O momento de descontração seguinte foi o jogo da malha. Para alguns, como o Cândido, o Cardoso e o Jaime, um jogo habitual, para outros, como eu, o Davide, o Osvaldo, o Jorge Oliveira, um menos comum. Fiz questão de fazer parte destes jogadores para lançar a malha. Apesar da pouca técnica e experiência a verdade é que me desenrasquei bem. Foi muito divertido e deu para treinar a pontaria e a força. 
De relance, vi as crianças. Corriam, brincavam no parque de diversões, passeavam e exploravam o local. Estavam entregues à sua curiosidade e vontade!
Limpar a suadela...
Entretanto, já o Macedo, o Cândido, o Fernando e o Jorge estavam a preparar o grelhador para começar a grelhar as carnes que cada um trouxe, devidamente temperadas. 
A suadela foi aqui... a fazer os grelhados!
Uns ajudavam a virar as carnes, outros a retirar as já preparadas, e outros ainda em amena cavaqueira. 
Ainda a começar!
Grelhados feitos, hora do repasto. Distribuimo-nos por 3 imensas mesas e substituímos o típico almoço de domingo por uma refeição ao ar livre, rodeados de amigos, conhecidos e familiares. 
O Miguel também já faz parte!
Hora das sobremesas: todos tinham de provar de cada uma. Desde o meu bolo de chocolate, ao bolo de nozes da Maria José (esposa do Macedo), até à tarte de maçã e bolo de amêndoas do Cardoso. O bolo de laranja da esposa do Cândido também fez parte da lista. Os quadrados de chocolate servidos pelo Jorge Cerqueira, desapareceram num ápice. O problema era mesmo descobrir qual deles o melhor. O melão, a melancia, as uvas e maçãs refrescaram os nossos estômagos já bem aconchegados. 
A boa disposição e a descontração reinava no imenso grupo. Alguns familiares dos colegas não eram conhecidos, mas o convívio e o ambiente de lazer facilitaram o contacto e a empatia. 
Hora do café

Com a existência de um pequeno bar à entrada das piscinas e do parque, foi chegada a hora de esticar as pernas até este e saborear um magnífico café. Coincidentemente, conheci dois colegas de profissão através do Miguel. O diálogo recaiu sobre os temas que nós, professores, mais falamos; as escolas, os colegas, os alunos, o sistema e a perspetiva de um futuro pouco risonho para a nossa classe. Contudo, o meio envolvente, não permitia a intromissão de preocupações. Ditava sim para o dia ser aproveitado... e foi!
Café tomado e alguns miúdos queriam ir até a piscina. Outros ficaram a jogar cartas. Os jovens a conversar, alguns colegas foram jogar novamente à malha. As mulheres conversavam e eu decidi combater a moleza, que se estava apoderar de mim, a jogar raquetes. Além disso precisava estar ocupada para esquecer uma dor nas costas que impedia de me manter direita. 
Corri e... acertei!

Dores à parte, e, depois de umas boas jogadas, fui até à piscina com o meu filho. Juntei-me à Paula e à Clara. E como a água, no verão, rima com... crianças, foi uma alegria vê-las a mergulhar e a nadar! Mais um ótimo momento de diversão e descontração!
O relógio acusava a hora do lanche. Lentamente, o grupo aglomerou-se para mais um manjar. 
Nesta altura o Jaime lembrou-se de algo gracioso: pediu-me para escrever uma quadra para que todos pudessem cantar. Registei e, só os mais audazes é que cantaram, os restantes assistiam e repetiam apenas uma pequena parte do refrão... que era a mais relevante :)!
O festim continuou por mais algum tempo, regado de boa disposição e contentamento.
Parece, mas não estou a dançar!
Em forma de conclusão, foi um dia extremamente bem passado, tendo como palco principal a natureza e como protagonistas todos os elementos presentes. Foi idílico ver e sentir a sintonia entre todos, a cordialidade e a partilha. O ambiente salutar vivido mesmo entre os menos conhecidos, as brincadeiras dos mais conhecidos, as risadas, as piadas, toda e qualquer ação era descontração no seu sentido puro. 
Um dia memorável e com votos que seja o primeiro de muitos idênticos, no futuro.
A todos que estiveram presentes neste magnífico piquenique, um bem haja por tudo!

" O piquenique é a triplíce fusão das algibeiras, dos estômagos e dos corações." - Machado de Assis





VIDEOS ( os momentos em que o Jaime se lembrou de umas musiquinhas!)






segunda-feira, 8 de julho de 2013

XXV G.P. de S. Pedro, na Póvoa de Varzim

Póvoa de Varzim, 7 de julho. 35 graus às 10.30 da manhã. Um dia particularmente quente. Contudo, as altas temperaturas não impediram centenas de atletas de participar em mais uma edição do Grande Prémio de S. Pedro, na Póvoa do Varzim.

Esta prova já faz parte do calendário do grupo de atletismo da A.D.A., daí ser impensável a maioria não estar presente. Como chegamos cedo e não havia dorsais para levantar ( o Jorge Oliveira levantou-os na véspera!), fomos fazer o reconhecimento da zona de partida e, seguidamente, usufruir do tempo de espera numa magnifica esplanada, à beira mar.  Relaxamento total entre amigos e com um café gelado para saborear. 
Um grupo em grande!

Observamos as pessoas a dirigirem-se para a praia. O tempo convidava mesmo a isso. Por momentos imaginei o que pensariam elas, ao se aperceberem que, dali a algum tempo, centenas de atletas (entre eles, nós), iriam correr debaixo de um sol escaldante e com temperaturas elevadas. Pensariam que seríamos loucos? Que o calor nos tinha afetado o bom senso? Ou será que cogitavam que éramos uns seres corajosos, bravos, audaciosos ou mesmo, valentes por enfrentar estas condições climatéricas? Provavelmente pensariam tudo isto, ou então, ignoravam o evento e possuíam uma opinião neutra. Afinal não eram eles que iriam correr!
Desci à terra. Seguimos em direção ao parque de estacionamento. Estava na hora da malta se equipar. Começou a agradável confusão: sacos por um lado, calções para o outro, dorsais para colocar e muitos a pedir os alfinetes para os prender. Minutos depois estava tudo preparado para a foto da praxe!
É importante dizer que tentámos beber o máximo de água possível para não sentir de imediato, os efeitos do calor.
No percurso que nos levava à partida encontrei alguns atletas conhecidos, quer neste espaço, pela participação noutras provas ou mesmo pelo facebook.
Colocados na linha da partida, encontrei o meu amigo e grande atleta, Tomé Arteiro "pintado" de protetor solar. O Francisco também surgiu no meu campo de visão. Uma prova sem ver este amigo já não seria a mesma coisa! 
Tiro de partida dado debaixo de um sol descomunal. Segui com o Miguel e o Davide, com muita calma. O Davide avançou logo nos primeiros metros. Eu e o Miguel mantivemos um ritmo lento até ao 3º km. Aqui ele quis acelerar. Eu mantive o mesmo ritmo. Não queria entrar em euforias. O calor era imenso e tinha receio de sofrer com um esforço exagerado. Neste 3º km tivemos o ansiado ponto de abastecimento. Aquilo que pensaria ser alivio foi desilusão: a água estava quente!! Como o Francisco disse:"dava para fazer um ótimo chá!" 
Segui calmamente, mas o sol era colossal. Comecei a ver atletas a caminhar, mesmo antes dos 5 kms. Assustei-me um pouco. Será que eu estava mesmo bem? Aguentaria o percurso todo a correr ou também teria de caminhar? Continuei... orientei o pensamento para o banho no  mar que daria, após finalizar. Numa parte do percurso deu para ver alguns colegas. Reparei que eles não estavam a dar o seu máximo, mas apenas o essencial para terminar bem. 
A água voltava a ser urgente. Esperava ver umas mangueiras para refrescar os participantes, mas não apareceram. O segundo abastecimento foi ao 7º km. Mais uma vez... água quente. Deceção total. Optei por levar uma garrafa comigo para ir humedecendo a boca. Continuei num ritmo calmo e não ousei sair da minha zona de conforto.
O que te esperava!
 À medida que me aproximava do final, tinha a sensação que estava numa caminhada. O número de atletas a caminhar tinha aumentado imenso. Uma atitude sensata perante este dia tão particular.
Cortei a meta sem pressas e sem percalços. Respiração normalizada mas com muita sede. Mais uma vez fui brindada com água quente. 
Vi o Miguel e o Jorge do outro lado. Perguntei pelo Davide assim que os alcancei. Ainda não tinha chegado. Esperamos por ele e foi chegado o momento que mais ansiava: banho no mar!
Sapatilhas tiradas, tshirts fora e entramos na água. A temperatura desta estava muito agradável,  uma sensação de relaxamento total invadiu-me. Simplesmente sensacional. 
Para nosso espanto, vimos alguns colegas do grupo a encaminharem-se também para a praia, quando nos dirigíamos para a carrinha. Nem é preciso dizer que voltamos ao segundo banho! Magnífica recompensa após a enorme provação que passamos!
Aspetos negativos da organização e das entidades policiais:
Como já era previsto elevadas temperaturas para este domingo, a organização colocou mais um posto de abastecimento numa prova de 10 km. Em vez dos típicos 2 colocaram 3 abastecimentos. Até aqui estiveram bem! O problema surgiu na localização destes postos. Com tantas sombras ao longo do percurso, colocaram-nos ao sol. Uma empresa como a Runporto não devia falhar aqui. Se, logisticamente, não era possível deslocar estes postos, podiam utilizar guarda sóis, por exemplo. O valor que é pago por cada inscrição exige um maior empenho e meios para facilitar a vida aos atletas. 
Um outro aspeto importante a salientar foi a abertura ao trânsito numa das ruas onde ainda decorria a prova.   Uma grande inconsciência por parte da entidade responsável por este setor. Tivemos de correr com os carros a circular e fomos obrigados a abrandar para alguns passarem. Algo incompreensível para uma cidade que recebe esta prova há 25 anos. 
São falhas que devem ser repensadas para melhorar em futuras edições, com fatores adversos como os deste dia. 
Apesar destas contrariedades, a prova realizou-se e os atletas chegaram ao fim, a correr ou a caminhar. Bem ou menos bem, mas foram todos muito corajosos. 


  • Aos meus parceiros do grupo:  Davide, Miguel, Jorge Oliveira, Jorge Cerqueira, Paulo Vasconcelos, Paula, Osvaldo, Macedo, Álvaro, Cardoso, Jaime e Veríssimo, sois valentes e guerreiros. Muitos parabéns!
  • Obrigada, Zacarias Arteiro, pelo incentivo e pelo reconhecimento que me deste! És mesmo irmão do teu irmão! 
  • Correia Orlando, muito prazer em "conhecer-te" pessoalmente! Obrigada pela receção quando terminei a prova!
  • Parabéns a mim por conseguir ouvir o meu corpo e seguir calmamente até à meta, sem sofrimento! Uma provação superada!
Mais uma corrida realizada e uma valente suadela conseguida! 
Até à próxima corrida, atletas!