segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Urban Trail Porto / 2013


Os três sensacionais: Francisco, Davide e eu!

O que fazer, de especial, num sábado à noite? A resposta é... correr pelos burgos do Porto e Gaia, num universo de atletas aventureiros e audazes, sedentos em explorar os recantos mais inusitados e emblemáticos de ambas as cidades, a correr ou a caminhar, aliados à euforia, à animação e ao divertimento. 
Este programa foi, precisamente, o que estes três miúdos da foto decidiram fazer, neste sábado último. Munidos de boa disposição, trajados a rigor e de lanterna a postos, estávamos nós a marcar presença na linha de partida do Meo Urban Trail, na Ribeira do Porto. À nossa volta estavam apenas mais uns milhares de aficionados prontos para iluminar ambas as cidades, numa corrida desenfreada pela descoberta do desconhecido (ou pouco conhecido) circuito urbano. 
As minhas amigas escadas... quase a terminar! Ufa!

O circuito não podia ser mais aliciante. Começar por atravessar a bailante ponte D. Luís e fazer o aquecimento pela marginal de Gaia. Seguiu-se uma subidinha num subúrbio gaiense, uma descida atapetada ora de pararelo ora de fragas acidentadas. As escadas vieram ao nosso encontro, quer em subidas quer em descensões. Estas ruelas e caminhos levaram-nos ao coração das Caves do Vinho do Porto. O aroma intenso do líquido deu ânimo para aumentar o ritmo e descobrir qual era o próximo ponto de passagem. A cada curva a surpresa imperava. As sinuosas descidas e as rudes ascenções encaminharam-nos até ao magnífico mosteiro da Serra do Pilar. Aqui o "trânsito" humano afunilou numa estreita passagem. Passado este momento, o itinerário rumou-nos à muralha Fernandina. Uma paisagem única e sublime para o rio Douro, extasiava qualquer retina que se detivesse uns segundos a contemplar. 
A caravana de lanternas na cabeça descia agora em direção à ponte D. Luís. Com a caminhada na faixa contrária, o tabuleiro estava irrequieto e agitado. Balouçava intensamente, tal era a euforia. 
Já no lado do Porto, as escadas Codeçal e dos Guindais faziam as honras e aguardavam-nos, com um ar desafiante. Decididos a não nos dar por vencidos, subimos, com as forças que ainda existiam, os infinitos degraus. Obstáculo superado, a fila de lampiões corria estrada abaixo, rumo à Sé. Desfilamos por mais ruas e ruelas, caminhos estreitos e acidentados, subimos mais lanços de escadas, descemos outros tantos. Estávamos, entretanto, no Palácio de Cristal. O Jardim das Virtudes foi o percurso mais curioso a ser percorrido, pois a escassa luminosidade que possuíamos era mesmo a lanterna que levávamos e os balões luminosos a marcar o caminho. Cada passo era uma incerteza e cada metro uma surpresa. 
com estilo
Nesta altura já nos encaminhávamos para as linhas do elétrico, rumo à Alfândega. Avançamos com calma, ao longo da estrada. Esta sim, já a tratámos por "tu". A meta estava a poucos metros de distância. 
Prova terminava e uma sensação de bem estar apoderou-se de mim. Tive plena noção de que saboreei cada passo dado, cada local percorrido, cada degrau galgado e cada quilometro conquistado. Diverti-me a registar o percurso, independentemente da qualidade. Não participei com objetivos direcionados aos tempos conseguidos. A diversão e a camaradagem aliada a um percurso único e fabuloso foram primordiais. O tempo com que se terminou o circuito? É acessório.
Não há dúvida que este novo conceito de corrida é intensamente aliciante e proporciona um ambiente histórico/desportivo magnifico.  
Ao Francisco e ao Davide, que alinharam comigo nesta aventura, um imenso obrigado. Foi uma noite fabulosa e muito divertida. 

UT já está agendado para 2014!

FOTOS


Video




terça-feira, 8 de outubro de 2013

Meia Maratona de Ovar - 2013


 13 em Ovar!

Após uma noite de Gala, o dia despertou para mais uma corrida. Destino: Ovar.
Além do grupo do costume, juntaram-se a nós o Manuel Fernandes (AmaranteTrail Running) e o João Reis. Este último, um auto-didata da corrida e, também, um ótimo atleta. 
Meia Maratona de Ovar sem Joaquim Costa não era a mesma coisa. Assim, e para registo posterior, este enquadrou a foto de grupo, bem como o Paulo Abreu. 
O Costa e o Paulo ajustaram-se ao quadro!
Com tudo isto a hora da partida avizinhava-se. A dificuldade em entrar no recinto aumentou e o nervoso miudinho instalou-se. Afinal só eram uns meros 21km e 97m que nos aguardavam! Certificamo-nos que os relógios GPS estavam prontos para serem acionados. O tiro de partida soou e passado o pórtico... start.
Prova iniciada. Os atletas seguiam pela rua, num zig zag constante, até encontrarem o seu ritmo e o seu lugar, sem causar atropelos. 
Uma temperatura primaveril quis acompanhar-nos e a hidratação era fundamental. Assim que cheguei ao 1º abastecimento, a garrafa de água fez-me sempre companhia. Sentia-me bem, apesar de algum cansaço acumulado dos dias anteriores.
Como já conhecia o trajeto deu para gerir melhor o esforço. Ao 10º km sabia que iria cortar a meta abaixo das 2h. Seria muito azar não o conseguir dada a forma como me estava a sentir.
Antes de chegar ao furadouro encontrei o Jaime a caminhar.  A sua lesão deu de si. Ao km 16 encontro o Fernando, no retorno, também com dores numa perna e a sofrer um pouco com o esforço. Vim apanhá-lo a cerca de 1 km da meta. Não quis que esperasse por ele. Segui e cortei a meta com o meu gps a marcar 1h 56m 56s. Tal como tinha previsto, abaixo das 2h. Se conseguia melhor? Sim, talvez conseguisse. Quase não saí da minha zona de conforto. Com sol e calor não entro em euforias... no entanto, posso dizer que fiz a prova sem sofrer, nem mesmo com os dedos dos pés a sangrar! 
Esperei que o Fernando terminasse e seguimos para junto dos colegas que já tinham terminado. A cerca de 300 metros da meta vimos o Jaime a parar. Parou para esperar pelo Davide que vinha logo atrás. Fiquei fascinada e lamentei não ter uma máquina para registar o momento. Por sorte a Natércia estava atenta aos sinais do marido e, em boa hora, tirou esta foto.
Os bons juntam-se aos pares! Parabéns a ambos!
Este senhor fez questão de acompanhar o Davide até à meta e terminarem juntos. Agora questiono: quantos é que fariam isto? Poucos, seguramente. Só alguém com um elevado espírito de camaradagem, de solidariedade e altruísmo é que o faz. Por estes pequenos/grandes gestos e pela excelente pessoa que é, Jaime Pereira foi e sempre será merecedor de ser lembrado e homenageado. 
Restantes atletas do grupo: satisfeitos por terem terminado bem e sem contratempos. 
Quanto à organização, esteve ao seu alto nível, com abastecimentos mais que suficientes, inicio atempado, os pontos de controlo bem orientados, na receção dos prémios e "lanche" os atletas não se aglomeram nem  houve demoras. O aspeto menos positivo é o local da entrega dos dorsais. É demasiado longe em relação ao ponto de partida. Talvez a organização devesse repensar um outro local de entrega dos dorsais mais acessível para os atletas. 

Muitos parabéns:

  • ao Cardoso por ter feito um excelente tempo; 
  • ao Jorge Oliveira por ter feito a prova sem adversidades;
  • ao Macedo por ter terminado dentro do tempo a que nos habituou; 
  • ao Veríssimo pela sua persistência e motivação que nos incute; 
  • ao Álvaro Cerqueira por estar a recuperar a sua forma, após algum tempo no "estaleiro"
  • ao Osvaldo pelo empenho demonstrado a cada prova realizada; 
  • ao Jorge Cerqueira por ter terminado bem, apesar do calor;
  • ao Davide por, mais uma vez, ter feito uma prova como treino de preparação para a sua mítica maratona.
  • ao Jaime pela pessoa que é;
  • ao Fernando que, mesmo lesionado, não desistiu e terminou em bom plano;
  • ao Manuel Fernandes pela sua versatilidade entre trail/estrada;
  • ao João pelo  seu ótimo desempenho;
  • a mim porque consegui  concretizar um pequeno objetivo de terminar abaixo das 2h! Done! 
  • a todos os amarantinos que participaram nesta prova (Joaquim Costa, Paulo Abreu, Manuel Pinheiro, Filipe Coutinho, José Teixeira, Pedro Marinho e Nuno Costa). Espero não me ter esquecido de ninguém. 
  • ao Nuno Costa pelo seu 2º lugar na geral. 
Muito obrigada a todos os colegas pela companhia, pela diversão e camaradagem. Foi um dia excelente.
Agora seguem-se os treinos para mais provas, mais corridas e muitas suadelas... porque parar é que não dá!!

Próxima Suadela: Urban Trail do Porto!
Classificações

Fotos possíveis:
Veríssimo

Álvaro Cerqueira

Jorge Cerqueira

Fernando Cerqueira

João Reis 

Paulo Abreu e Joaquim Costa

Davide Pinheiro
Jorge Oliveira
Manuel Fernandes

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

3ª Gala da A.D. Amarante


A Associação Desportiva de Amarante realizou, no passado dia 5 de outubro, a 3ª gala do seu aniversário. Sendo uma Associação que engloba várias modalidades, foram vários os atletas,  sócios e simpatizantes que preencheram o vasto auditório do Centro Pastoral de Amarante. 
Uma noite com algum glamour, onde o formal combinou com o informal. Cada um à sua maneira, mas todos a preceito, porque a presença era o essencial.
A gala teve inicio por volta das 21.30h com a apresentação de um video representativo de todas as modalidades  desenvolvidas nesta Associação. 
Seguiu-se a visualização de vídeos individuais, alusivos a dada modalidade especifica. Os elementos da mesma subiam ao palco. Foram nomeados alguns atletas/revelação. Seguiam-se algumas palavras aos assistentes, de cada  representante dos grupos. 
Chegada a vez do Atletismo, e, após visualização do video abaixo apresentado,  subimos ao palco. O atleta destacado do grupo, e com muito mérito, foi Jaime Pereira.
Todos em palco

Merecida homenagem!
As palavras do homem da noite!

Em nome do grupo, num momento reflexivo!
Contrariamente a algumas opiniões, esta homenagem foi, sobejamente, merecida. Não é preciso muito para concluir que este homem, de uma simplicidade extraordinária, uma camaradagem invulgar, uma disposição incomparável e de uma humildade incontestável, é uma personalidade de relevo quer na associação quer na comunidade. Um homem versátil e sempre com um sorriso no rosto, independentemente do estado de espírito. Muito sociável e amigo de ajudar. Em treinos auxilia, em provas é solidário. Simplesmente, um senhor.
O homem do asfalto, Jaime Pereira!
Voltando à Gala, esta apenas pecou por um pequeno pormenor: o imenso barulho que as camadas mais jovens fizeram ao logo de toda a apresentação do evento. Não respeitaram quem apresentava nem quem falava em palco. Um pequeno senão que, certamente, em futuras edições, será acautelado.
Finalizando, foi uma noite de alguma solenidade, onde o desporto amarantino esteve em evidência. Toda a direção da Associação está de parabéns pela iniciativa e pelo dinamismo que tem vindo a incutir à mesma.
A nós, grupo de veteranos, continuemos a conquistar o asfalto por essas terras nacionais, levar a cor da ADA e ter pernas para estar presentes nas corridas mais emblemáticas e representativas para o todo... porque o que nos move é o prazer de correr! 


vídeo de apresentação do nosso grupo, na Gala