quinta-feira, 28 de março de 2013

Meia Maratona de Lisboa 2013 - 2ª parte


Dia da prova

24 de março - O dia acordou um pouco frio e o Sol a espreitar a medo. Combinamos ir tomar o pequeno almoço por volta das 7.30h da manhã. De seguida, aguardamos que todos os elementos se agrupassem à porta da residencial para apanhar o autocarro, rumo a estação Campolide. Aqui tivemos de aguardar uns minutos pelo comboio que nos levaria ao Pragal. Por sorte não houve muita confusão na entrada para o comboio e conseguimos manter-nos unidos. À saída no Pragal já foi mais complicado. O mar de atletas a dirigirem-se para o local da partida dificultava a união mas conseguimos mantê-la.
Após um cafézinho, encaminha-mo-nos para o ponto de partida. O Cardoso, o Ismael, o Jorge, o Rocha e o sobrinho do Cardoso, já tinham seguido para conseguir um lugar mais próximo da linha de partida. Nós ( eu, o Cerqueira, o Paulo e esposa, o Macedo e esposa, o Davide, o Alexandre, o Jaime, o Veríssimo, o Jorge e o Cândido), os corredores de pelotão, descemos mais tarde. Separa-mo-nos das nossas meninas (Paula e Maria José) que íam fazer a mini maratona, após a foto da praxe.
A elite já não estava.  Apenas os corredores de pelotão!
Tentamos aproximar-nos o mais possível, mas a aglomeração de atletas já era enorme. Enquanto aguardávamos pelo tiro de partida, tiramos umas fotos, conversamos, trocamos opiniões, tentamos acalmar o nervosismo típico da espera e exercitar os músculos.
Pessoalmente, estava receosa. Temia uma recaída do gémeo, embora estivesse protegido por uma liga, simpaticamente, emprestada pelo Jaime. 
Soou o tiro de partida. Desejos de boa prova, ouviam-se por todo o lado, incluindo entre nós. Até chegar ao pórtico do início da prova, foi uma aventura caminhar entre camisolas, sacos de equipamentos e bonés. 
Com os pés na ponte, nunca mais vi nenhum dos meus colegas. Estava entregue a mim e ao cuidado que teria de ter nos próximos 21 kms. De máquina em punho tentei registar a passagem pela 25 de abril. Com calma, tentei aproveitar a emoção daquela passagem. 
A passar a ponte...
Em Alcântara encostei-me ao máximo à berma para ver os atletas que já tinham feito o retorno no Terreiro do Paço. Segui devagar para tentar captar os elementos do meu grupo. O esforço visual era imenso para tentar vê-los, mas consegui o registo fotográfico de quase todos. Senti-me feliz por isso e sei que eles também. 
Cheguei aos 10 km sem dores nem incómodos. Mentalizei-me que teria apenas de rolar devagar até a meta. Sem treinos, as pernas já acusavam algum cansaço aos 15 km, mas estava ótima de caixa. Meti conversa com uma atleta e convidei-a a fazer-me companhia até à meta. Aceitou e seguimos as duas, num espírito de diversão e entreajuda. A companhia da Catarina surgiu no momento certo, pois os últimos kms são os mais penosos. Foi sensacional conseguir cortar a meta em boa companhia, sem dores e sem sofrimento. 
Cheguei à residencial, já todos os colegas tinham tomado banho, mas estava tão eufórica que queria dar-lhes a conhecer que estava bem. Fiquei a saber como correu a prova a cada um deles.
Às meninas que fizeram a mini, correu tudo muito bem. 
O Cardoso, por escassos segundos, conseguia o seu objetivo, mas mesmo assim fez um tempo fabuloso.
O Ismael igualou o tempo que fez em Viana. Este miúdo vai longe!
O Jorge é um guerreiro. Apesar de não conseguir o seu objetivo inicial, tem capacidades para o conseguir.
O Cândido manteve o seu tempo normal em meias maratonas.  
O Nelinho, apesar de fazer apenas mais 1 minuto do que em Viana, foi fantástico. 
O Paulo sofreu um pouco ao longo da prova, mas finalizou em bom plano.
O Macedo também permaneceu dentro dos seus tempos normais. 
O Fernando conseguiu o seu objetivo de fazer abaixo de 1h 50m (abaixo disto é muito bom! :) )
O Veríssimo, conseguiu um tempo simpático, mesmo com problemas no joelho.
O Jaime sofreu um pouco depois dos 10 km devido a um estiramento muscular. Mas terminou em beleza.
O sr. Pereira também terminou bem.
O Jorge Cerqueira conseguiu finalizar bem e sem sofrimento. Tem vindo a melhorar o seu rendimento.
O Davide, após uma queda aparatosa aos 10 km, declinou o seu rendimento devido ao receio e às dores. Contudo, finalizou em apoteose.
Eu, a miúda do grupo, encerrei em festa, com muita alegria por conseguir atingir o meu objetivo: terminar bem. Um final em grande.
Após o almoço, demos inicio à viagem de regresso a casa. Uma sensação de dever cumprido e bem estar emocional acompanhou todos nos 360 km até Amarante.
Parabéns a todos nós pelo esforço, pela vontade e pelo empenho na participação desta prova. Fomos todos vencedores porque cada um segue com um propósito individual. Somos especiais por isso mesmo!
Obrigada a todos vós, elementos do grupo, pela motivação e força que me têm dado. 
Agradeço igualmente a todos os meus amigos pelo apoio, pela paciência, pelo carinho, pelos conselhos, pelo reconhecimento e pela imensa força anímica que me têm cedido. Obrigada a todos!!






terça-feira, 26 de março de 2013

Meia Maratona de Lisboa 2013 - 1ª parte

23 de março - Rumo a Lisboa 

Amarante aqui representada em Lisboa. 

A odisseia do grupo de atletismo da ADA, rumo a Lisboa, iniciou-se no sábado, 23, pelas 9 horas da manhã. Como convidado especial de viagem estava António Pinto. Grande atleta amarantino sobejamente reconhecido pelas suas vitórias enquanto profissional. 
Tal como combinado com todos os membros do grupo, à hora marcada, estávamos prontos para a partida. Mas, contrariamente ao esperado, eis que surge um pequeno constrangimento causado por alguma falta de informação de pessoas que desconhecem o "saber estar" em grupo. Apesar deste percalço, decidi manter a calma e continuar com a tarefa que me foi incumbida. O incómodo estava patente em todos os rostos, mas a intenção era aproveitar a viagem. Assim, após a distribuição dos elementos por duas carrinhas, uma da ADA, a outra, gentilmente cedida pela Junta de freguesia da Lomba, iniciamos a jornada. 
A viagem decorreu normalmente. Fizemos uma breve paragem, numa estação de serviço, por volta das 10.30h. Foi um misto de pequeno almoço, de tomar um cafezito para despertar, desentorpecer as pernas, além das típicas idas à casa de banho.
Vinte minutos depois já se rolava, novamente, em direção a sul. A próxima paragem seria em Aveiras, bem perto de Lisboa, para o almoço/piquenique.
 Poucos minutos faltavam para as 12.30h, quando instalamos os nossos farnéis nas mesas ao ar livre. Depois foi só degustar os petiscos confecionados, provar um pouco dali, debicar mais ali, beber moderadamente acolá, e assim percorri todos os vértices e arestas da mesa. Um verdadeiro momento de descontração e diversão à mistura, com os devidos registos. 
Café tomado e preparados para a última etapa da viagem. Perto das 14h chegámos a Belém. Depois de alguma dificuldade em arranjar estacionamento, seguimos para a residencial para fazer o check in. 
Assim que chego à receção tinha um "presente" deixado por um amigo e atleta de Sintra, Adalberto Grilo. Os prometidos travesseiros de Sintra. Excelente receção!!
Feita a distribuição de todos os elementos pelos quartos previamente reservados, deixar os pertences, era chegada a hora de nos dirigirmos à  Sport Expo para fazer o levantamento dos 18 dorsais. Até aqui tudo correu bem. Quando chegámos à secção das t-shirts, começou a confusão. Para homens só havia tamanhos XL em tecido sintético. Como é óbvio, muitos elementos contestaram esse facto, até porque essa t-shirt foi bem paga. Houve quem optou por t-shirts femininas. Mais tarde soube que muitos atletas não tiveram camisola. Agora questiono: quem ficou com elas? Uma falha crassa da organização apesar de terem dado oportunidade para as pessoas reclamarem.
Confusão à parte, resolvemos fazer uma visita ao CCB e tomar uma imperial à beira Tejo. Mais um bom momento de descontração e de animação. 
Com isto a noite aproximava-se e o jantar já era bem vindo. A escolha do restaurante é que não foi muito feliz, pois demoramos imenso tempo para sermos atendidos. Efeitos da crise na redução de pessoal. 
Após o jantar a sobremesa foi um delicioso pastel de Belém. Para digerir o grupo presente optou por caminhar um pouco, conversar, descontrair e aproveitar esta excelente oportunidade na capital. 
Findado o passeio, cada um recolheu-se em seus aposentos para um merecido descanso. 
A 2ª parte desta odisseia chegará em breve.



sábado, 16 de março de 2013

A uma semana...


A pouco mais de oito dias da meia maratona de Lisboa, ainda me encontro em processo de recuperação, apenas com exercícios de equilíbrio, isométricos e caminhada. As primeiras corridas suaves só mesmo amanhã ou segunda feira. Tudo vai depender do tratamento de fisioterapia de hoje. Naturalmente não terei treinos suficientes para realizar uma meia maratona num tempo aceitável. No entanto, não estou minimamente preocupada com o tempo com que vá  finalizar a prova. A minha apreensão é mesmo conseguir terminar...bem! Quero acreditar que sim! 
Decidi empunhar a máquina fotográfica ao longo dos 21 km e registar todos os momentos possíveis da prova. Assim, serei obrigada a abrandar para fotografar e evitar a empolgação de acelerar. Aqui, todos os cuidados serão poucos uma vez que a lesão é muito recente.
Talvez me chamem louca por o fazer, por participar em fracas condições físicas, mas a minha vontade em lá estar é suprema! 
O entusiasmo da viagem em grupo, o passear em novos locais, a diversão, a oportunidade de rever amigos, provar os deliciosos pasteis de Belém, a alegria do convívio, a adrenalina de ver um mar de atletas a atravessar a mítica ponte, o companheirismo durante o percurso da prova, o registo, a emoção de cortar a meta, entre muitos mais motivos, são mais do que suficientes para eu não poder faltar.  
Mas, antes disto, aproxima-se uma semana em cheio; de reuniões, de formação, de reinicio aos treinos e...  de volta às suadelas. ;)

sexta-feira, 8 de março de 2013

"Mulher, um efeito deslumbrante da natureza!"

Apenas eu!

 Desde os primórdios da humanidade que a mulher tem lutado pelos seus direitos, tem lutado por uma vida melhor, pelo seu reconhecimento enquanto ser vivo. Antigamente, as mulheres eram usadas como sendo escravas e objectos sexuais. Faziam tudo o que lhes era imposto, eram consideradas um ser desprezível. Eram úteis apenas para cuidar dos filhos, executar as tarefas domésticas e satisfazer os homens. Aliás, infelizmente, ainda são tratadas assim em certos países.
Contudo, é graças à mulher que a nossa espécie continua.
A mulher, na minha opinião, é um ser único, é como Arthur Schopenhauer defendia: “A mulher é um efeito deslumbrante da natureza.” Foi ela quem inspirou os grandes pintores, os grandes escritores de textos literários, foi ela quem inspirou os músicos a criarem as mais belas canções.
E eu!
A mulher é então um ser a que posso chamar de romântico, frágil e único. Contudo, para além da faceta, de mãe, feminina, mulher, etc., a mulher pode também ser trabalhadora, participativa e capaz de contribuir de algum modo para a evolução dos tempos e da nossa sociedade e atleta, desportista. É multifacetada por conseguir desempenhar inúmeras tarefas quase em simultâneo. Consegue gerir o seu tempo para que nada falhe!
A meu ver a mulher não deve ser vista de maneira diferente, deve ser considerada como um ser vivo e ter os mesmos direitos que os homens.
Penso que a mulher deve de assumir uma postura de ser humano e exercer a sua actividade de acordo com as suas posses, situação social ou grau de intelectualidade. Um fraco grau de intelectualidade contudo, não deve permitir o desrespeito.
Foi a partir da Revolução Francesa, em 1789, que o papel da mulher na sociedade começou a alterar-se. A exploração e limitação dos direitos marcaram essa participação feminina e aos poucos foram surgindo movimentos pela melhoria das condições de vida, de trabalho, a participação politica, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos. 
Em alguns países, felizmente, podemos ver que algumas mulheres já aderiram ao mundo da política, mundo este que desde sempre envolveu apenas homens. As mulheres cada vez mais participam no mundo não só da política mas também do desporto, da saúde, e muitas mais áreas desempenhadas, maioritariamente, pelos homens.
Acredito que, se as mulheres, desde sempre, pudessem participar activamente na sociedade, então talvez o Mundo fosse um sítio melhor, com mais paz, amor e carinho.
Para todas as mulheres... um dia especial, porque nós somos especiais todos os dias!


"nota positiva"