segunda-feira, 19 de maio de 2014

9ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro

A região

"Em Dezembro de 2001, a UNESCO elevou o Alto Douro Vinhateiro a Património da Humanidade. Um título, atribuído por unanimidade, que premiou a Região vinícola demarcada mais antiga do mundo, decretada pelo Marquês de Pombal, em 1756. Região única por reunir as virtudes do solo xistoso e da sua exposição solar privilegiada com as características ímpares do seu microclima em conjunto com o trabalho árduo do homem do Douro." in Turismo do Douro


Apreciação
Longa espera

Foi nesta portentosa região que ontem, 18 de maio, se correu a 9ª edição da já intitulada " A mais bela corrida do mundo": a meia maratona do Douro Vinhateiro. 
As ruas da cidade da Régua assoberbaram-se de vida e de cor concedidas pelos milhares de atletas e familiares que ali estavam para correr os 21 kms ou, simplesmente, caminhar.
Com tamanho aglomerado não me causou novidade a confusão gerada na hora de entrar no comboio para o local da partida, na barragem de Bagaúste. Surpreendida fiquei quando tomei conhecimento que o tiro de partida foi dado e muitos atletas ainda se encontravam no comboio e outros na cidade. 
É provável que o poder organizativo já tenha concluído que, deslocar milhares de atletas de um ponto da cidade para outro, sem o minimo de capacidade de resposta, não funciona. Esta situação seria evitável se a prova tivesse início e fim no mesmo local. Mas os interesses próprios sobrepõem-se ao bem estar e agrado dos atletas. Esquecem-se que são estes quem emolduram as ruas, dão vida à região e desembolsam os preciosos euros na expectativa de terem um serviço de qualidade. À parte da paisagem e o bom abastecimento em água, o restante ficou a nível "não satisfaz".
Aliado a isto é a atípica hora do tiro da partida de uma meia maratona: 11h... quando não atrasa!! Numa região com um microclima peculiar, é injustificável este horário. Um verdadeiro atentado à condição humana. Um aspeto a ser bem repensado!
Podia ficar por aqui nas minhas deliberações, mas não resisto também a salientar uma outra falha: deixarem acabar as bebidas energéticas na parte final da corrida. 
Uma corrida que tem tudo para ser excecional, uma referência nacional e além fronteiras, mas não o é! Peca por lapsos graves e insistem em repisa-los a cada nova edição. 
Mesmo com estes erros a massa humana adere a este evento pela única e incomparável razão de ser realizado numa das mais belas paisagens do mundo. 

Grupo
e vão... 13 Eu aproveitei a sombra!
Desta vez os elementos a participar nesta corrida, aumentou significativamente. A maioria a vestir a camisola da ADA, ali estávamos para entrar na confusão e fazer os 21 km da melhor forma possível. Lamentavelmente, um elemento do grupo não conseguiu cortar a meta devido a uma indisposição sentida durante a prova. Após assistência atempada,  foi devidamente acompanhado e, em pouco tempo, recuperou as cores cores naturais. 

Eu
Matar o tempo na espera... com fotos!
Comecei exausta! 
A chegada, a responsabilidade de levantar os dorsais, a corrida contra o relógio para apanhar o comboio, a espera ao sol. A aventura que foi chegar à barragem e mais uma espera para o arranque, deixaram-me completamente extenuada. 
Correr com temperaturas abrasadoras também não é a minha praia. No entanto, a primeira parte da corrida não correu mal. Durante algum tempo ainda tive a companhia do Paulo Gomes. Depois segui mas a partir do retorno levei com uma enxurrada de chagas que me obrigaram a seguir a velocidade de tartaruga. Cortei a meta sem grande emoção. Apenas terminei... inteira.

Ressalvas

  • Felicito o Gustavo Bento pela sua estreia numa meia maratona e pelo ótimo resultado obtido.
  • A Clara Cerqueira também merece os parabéns pelos progressos que tem evidenciado nesta distância.
  • A todos os restantes elementos do grupo um bem haja pela participação e por terem dado o vosso melhor nesta prova.
  • Aos amarantinos presentes, muitos parabéns e agradeço as palavras de incentivo que me foram dando ao longo do percurso. 
A próxima Suadela será...
 talvez a 29 de junho, em Gondomar 













6 comentários:

  1. Esta prova tem mesmo tudo para ser uma referência a nível nacional, e eles teimam em fazer erros atrás de erros, ainda por cima graves. Não entendo, ainda por cima estando envolvidas empresas de renome...não é uma organização rudimentar, com poucos recursos.... Muito mau e é uma pena, pq tem mesmo tudo para dar certo...a prova é que, mesmo com tanto erro, as pessoas aderem em massa.
    Boas corridas e já agora tb suadelas :)

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    1. O problema é eles pensarem muito nos seus bolsos e a quem deviam dedicar o que têm e o que não têm, fica em último plano, os atletas. A organização sabe que a paisagem é a mais valia do sucesso desta prova e usam isso em favor próprio. Para o ano,eu estou fora.

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  2. Este ano ponderei ir a esta prova, mas ainda bem que não fui... Às 11h da manhã devia estar um calor abrasador...

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    1. Sem dúvida que a melhor opção foi não participar. Passar por tantas situações enervantes antes da prova, condiciona o rendimento e até o prazer de correr. No próximo ano o mais certo é não estar presente!

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  3. Conheci esta Meia no ano da bronca da falta de água, ano esse em que por sorte ou azar, apesar de inscrita na Meia, fiz apenas a mini por me sentir com falta de preparação para a Meia e por isso nao senti na pele a tortura a que muitos da Meia tiveram de suportar. Uma verdadeira afronta ao atleta. Com riscos graves.

    Reclamei alto e a bom som (directamente para a organização) e não querendo dinheiro nenhum de volta como muitos reclamavam eu aceitei o que me propuseram: uma inscrição gratuita na Meia do ano seguinte. E dei com isso a oportunidade à organização de se corrigir, de se redimir, de fazer melhor. E fez! E eu adorei, apesar do calor, da hora tardia e do atraso na partida e recordo-me de nesse tempo de espera o "speaker" argumentar que o atraso não tinha importãncia porque afinal se tratava da mais bela corrida do mundo. Logo na altura embirrei com aquilo, esse auto intiular-se o mais, o melhor e afim é muita falta de humildade, de capacidade para assumir que há coisas menos bem que precisam ser revistas e corrigidas.

    Hoje leio os vários comentários e não fico feliz pois uma região tão bela como de facto é a Régua, talvez merecesse um outro tipo de abordagem na organização desta Meia.

    Gostaria de lá voltar a correr, ai claro que gostaria, pela beleza do percurso e da região, mas também gostaria de ver muitas das questões levantadas há anos e que de uma forma ou outra se vão repetindo, resolvidas, sendo 1 delas por exemplo o horário assim como a questão do transporte para a partida e do tempo de espera demasiado longo para a mesma.

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  4. Pois é Elisabete , de facto é pena que uma região tão bela que tem tudo para organizar uma grande prova em todos os sentidos não consiga ano após ano corresponder ás expectativas que vai criando com a sua verdadeira "máquina"de markting.Já participei em 3 edições mas desde o ano da falta de agua que não voltei , apenas por opção pois não me vou esquecer tão cedo do que lá passei.Esta organização não me convence pois para alem de tudo o que a Elisabete escreveu (e muito mais pensou escrever...)posso recordar que numa das minhas participações vi algo incrível , existia um sorteio de um carro , para tal habilitado a organização fornecia um numero a quem termina-se , agora imaginem que nesse ano terminei com 1:32:29 .....e qual era o meu espanto o sorteio já tinha sido feito !ou seja mais de metade dos atletas ainda não tinha terminado!O CARRO NÃO SAIU A NINGUÉM!Mais palavras para quê ?Nos os atletas do pelotão não queremos prémios mas não queremos que façam de nós carne para canhão , por isso na Régua só para passear pelo menos enquanto for a Global a organizar.

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