domingo, 5 de janeiro de 2014

1ª Corrida dos Reis...

... a minha primeira corrida do ano... e a minha primeira desistência!
Mas o ideal é mesmo ler a história.

Apesar das notícias alarmantes sobre o estado do tempo na cidade de Paredes, na parte da manhã do dia de ontem (04/01) fomos presenteados por um final de tarde frio mas sem chuva. 
A Praça José Guilherme foi o palco desta 1ª Corrida dos Reis. Aos poucos os atletas iam chegando e emoldurando o local, totalizando algumas centenas de participantes. 
Sendo uma prova fora do calendário normal do grande grupo, só eu e o Davide é que estivemos presentes a representar as cores da A. D. Amarante.
Poucos, mas bons! :)
 Mas, como parecíamos dois lobos solitários, juntou-se a nós o nosso "brother" Francisco Freitas. Um amigo que já faz parte dos nossos itinerários desportivos... e da fotografia!
Um trio de luxo! :)
E como não há duas sem três, Amarante Running Team também marcou presença. Os dois pequenos grupos fundiram-se e originaram este quadro amarantino. (Machado, Costa, Filipe, Davide e Paulo. Natércia e eu) O Francisco foi o fotógrafo!
Aqui está AMARANTE!
Já passavam alguns minutos das 19h quando a prova começou. 
Muito cautelosa, fiz o primeiro quilómetro com alguma precaução pois desconhecia o percurso. A partir do 2º km comecei a sentir uma pequena dor na anca, exatamente a mesma que me deu em Vila do Conde. Abrandei e tentei controla-la. O percurso era tudo menos acessível. Concentrado no centro da cidade, ora subia ora descia. Não tive oportunidade de o percorrer na sua totalidade. Ao 4º quilómetro já não conseguia controlar a dor, mesmo pressionando a zona. Sentia que corria a coxear e a dor refletiu-se nas minhas expressões. Disse a mim mesma que tinha chegado a hora de parar.  Não dava mais!! Continuar a correr seria um erro e pura teimosia. Desliguei o gps. Sentia as lágrimas a escorrer pela face. Um misto de tristeza, de dor e impotência apoderaram-se de mim. As pessoas que assistiam tentavam dar-me força, mas ao olharem para o meu rosto... entenderam que eu já não iria cortar a meta. 
Um elemento da organização ao ver-me a coxear questionou se precisava de assistência. Aleguei que não, apenas precisava do caminho mais curto para chegar à Praça. Precisava urgentemente de parar... mesmo de caminhar. 
Num universo de quase 40 provas realizadas em dois anos, foi a primeira vez que decidi desistir. Serve-me de alento o facto desta desistência ter origem na prudência e não na fraqueza. 
Afinal, só não sofre destes contratempos quem pratica muito "sofaismo"
  • Parabéns a todos os meus amigos que finalizaram a prova. Apesar de durinha, terminaram-na satisfeitos por mais uma participação cumprida. 
  • Agradeço a todos que me dirigiram palavras de força e motivação. Foram impecáveis e fantásticos. São palavras que caem bem e sei que foram de coração.


As próximas corridas serão confinadas a recintos médicos e de  fisioterapia. As suadelas resumir-se-ão aos exercícios específicos prescritos por profissionais.
 Ao asfalto digo... até breve!



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