sexta-feira, 30 de junho de 2017

Pelas margens do Douro em modo Run

25 de junho. Agenda: 4ª Meia Maratona Douro Run, Gondomar.

Manhã fresca, cinzenta e com uma agradável ameaça de chuva. Hummm, tão bom! Sentir os braços e pernas arrepiados de frio (aqui fiquei na dúvida, frio ou ansiedade? Ou ambas?). Estado de tempo impecável para correr. De repente surge a INVICTA Felismina Pinho. Encantada com o meu arranjo floral, não resistiu a umas "selfs"com a amarantina.

Um perfeito jardim! 
Adentrei-me na imensa equipa dos Invicta. Afinal tinha uma lebre, algures, ali no meio. Na verdade, o Cabral ofereceu-se para me acompanhar ao longo da prova, não fosse eu começar a meter conversa por quem passasse por mim, ou bradar incentivos a quem conhecesse, e, quiçá, posar para os fotógrafos. 
Confesso, estava ligeiramente ansiosa. Vamos lá saber porquê!? Senti aquele friozinho (desta vez no estômago), enquanto, aguardava o tiro de partida. Este soou e, devagarinho, passei no pórtico já com quase 2 minutos. Assim que liguei o relógio deixei-me ir. Vamos lá fazer isto nas calmas e sem arrebatamentos!!!
Aqui na pose porque o Cabral ía na frente"!
Ao longo da empreitada, tive que me conter imensas vezes para não falar. Qualquer coisa dava-me vontade de comentar, fazer uma piada... mas tinha de estar caladinha, pois só ouvia o Cabral "controla e respira". Sem dúvida, uma forma muito simpática de dizer "não fales!".
Ela é terrível!
Somávamos quilómetros e sentia-me bem. Nas subidas seguia pausadamente controlada, sem me desviar do ritmo. Recuperava nas descidas, respirando profundamente. O Cabral seguia a um ritmo confortável para me levar à meta sem danos e dentro do tempo que tínhamos previsto.

Aqui até trincava os lábios para não falar! :D 
Eu seguia ligeiramente atrás dele. Era o meu corta vento... e foi assim durante 19 kms. Nesta fase o Cabral começou a quebrar e eu senti a sua a passada mais pesada. Uma dor no joelho atraiçoou-o. Fiquei reticente, pois sentia-me bem.
A cerca de 500 metros da meta... a posar para a foto!
Quis esperar, mas também pensei em cortar a meta e regressar. Ele ainda tentou acompanhar-me mas depois disse "Vai tu e depois cortamos juntos a meta". Retomei o ritmo. Ainda o tentei motivar com dois valentes berros e uns tratamentos de choque verbais, mas já não resultaram. Avancei, moderada e, a 200 metros da meta, disparei.
Só tive pena que não tivessem registado o meu pulo. (1h 59m)
Passei o pórtico, e voltei atrás para acompanhar o Cabral. Terminamos juntos, como combinado!
A corrida é isto: Amizade!
 Muito feliz por, mais uma vez fazer uma prova de forma tranquila e controlada com o particular pormenor de não quebrar na parte final. 
O que mais gosto nestas provas é da parte Pós Meta. As conversas mais descontraídas, os parabéns por terem terminado, os reencontros inesperados... e eu tive um que me encheu a Alma. Reencontrei o Vitor Vieira! O homem que me acompanhou uns 2/3 kms na maratona do Gerês, que me viu vomitar e que tentou ajudar-me a prosseguir. Ainda não tinha falado com ele desde esse dia... no domingo foi sensacional reencontrá-lo.
Grande registo do Lénio Marinho: Vitor Vieira, Luis Miguel Silva, eu (a mastigar) e o António Oliveira.
Naturalmente que o tema foi o entusiástico momento na maratona... A corrida tem isto: pequenos momentos que se tornam eternos.
Tão lindas que somos!
Muitos parabéns, Carlos Ferreira. Organização excelente! Até o S. Pedro esteve do nosso lado!
Finda esta aventura, só quero agradecer ao António Cabral por se disponibilizar a acompanhar-me na prova. A todos os Invictas, pela simpatia e pelo acolhimento. Ao Fernando Azevedo pelo imenso aplauso que me deu no retorno e que me encheu a alma. A todos que, pelo caminho, foram motivando e aplaudindo!
Um agradecimento especial ao meu colega e amigo Luís Cardoso (A. D. AMARANTE ATLETISMO), que me tem ajudado nos treinos. Mas, mais importante do que os treinos, é a motivação que injeta, o apoio que oferece e o crer em nós. Muito obrigada!
Lindíssima!
Foi um dia excelente, numa companhia excelente e com um resultado excelente! Viva a excelência!

2 comentários:

  1. António Manuel de Gaia. Acabei de ler o texto, apenas o que digo reforça a minha pena de não a ter visto, eu ainda disse ao meu colega de equipa, vou dar uma volta para ver se vejo uma amiga de Amarante, mas não vi, pronto o que conta é a sua felicidade, parabéns. Fica para a próxima. Bjs todo de bom.

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  2. Está tudo dito, parabéns. Tem o dom da palavra "escrita" pois resumidamente disse tudo o que havia para dizer. Em relação ao tempo, a mim aconteceu o mesmo pois o apresentado não é foi real mas convínhamos que quem corre por gosto......na verdade, o prazer que se tira destas provas (encontros) supera todas as falhas e sacrifícios que se fazem durante as mesmas. Valeu e espero poder aplaudi-la muitas mais vezes. Até à próxima. Bjs muitas felicidades.

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