domingo, 7 de outubro de 2018

De Chaves com cheirinho a Verín (3º PEN)

Chaves - Rio Tâmega

Disposta a fazer a Ecovia Transfronteiriça do Tâmega, Chaves - Verín, encaminhei-me, bem cedinho até Chaves. Quando lá cheguei já me aguardava o Valter Alves e uns digníssimos 2,5 graus. Um calor outonal muito estranho, como se deve supor.
Enquanto aguardávamos por mais duas companhias do pedal, fomos tomar um café e comer o típico, delicioso e quentinho pastel de Chaves. 
Quase não deu tempo para o registo!
Seguiu-se o aquecimento para a empreitada que se avizinhava. Circulamos pela ciclovia das margens do Rio Tâmega que conformam o Parque Urbano da Cidade. Durante os 7 kms que perfazem este percurso bem pensei que congelava os dedos das mãos ou alguma parte em mim, exposta a estas aragens. O Sol, timidamente, decidiu tomar as rédeas da situação e foi aquecendo enquanto o Nuno e o Alexandre não chegavam. 
Já passava das 9:30h quando iniciamos a viagem... 

Esta Ecovia percorre toda a margem esquerda do Tâmega, entre vegetação ribeirinha, unindo as duas cidades através de um corredor de um valor ambiental indiscutível. É um paraíso para as aves e a fauna do rio. Com um piso maioritariamente de terra e plano, apresenta um nível de dificuldade baixo. 

Sinalização vertical e... sonora (cães a ladrar)
O ritmo do grupo era mesmo de passeio (não fosse eu ali, a comandar as tropas na retaguarda). Não pensem que sou lenta... apenas o guia levava as coordenadas do percurso todas trocadas e enganou-se, no mínimo, algumas vezes. Bem, estou a exagerar! As indicações ao longo da via não eram muito claras e induziam ao erro. Este trajeto peca pela má marcação.

Fronteira: eu em Portugal, eles em Espanha!
Com os enganos e retornos fomos "perdendo" tempo. Dado o avançado da hora consideramos, por unanimidade, não prosseguir até ao final da ecovia. Ainda corríamos  o risco de nos perder e dar a uma qualquer casa com um assado na mesa.

Verín é ali à frente... 
Fizemos o regresso já a um ritmo mais apressado. Não me admirei. Afinal tinham decidido que beberíamos um "caña" antes de entrar em Portugal. Foi um ver quem chegava primeiro que só visto. Quase houve atropelos e quedas na água... estou a brincar... eu passei um curto e estreito (para mim) passadiço, sobre um ribeiro, com a zica à mão e os rapazes não se atreveram a ir ao meu lado quando passámos bem perto do rio.
A poucos metros da antiga fronteira parámos para a bem abençoada, bendita, bem pensada e bem fresquinha caña. Só de olhar a foto ainda me está a saber bem...


Merecemos!

Posteriormente as pernas ficaram um tanto estranhas mas deu para acompanhar os mister "speeds".
Chegámos ao ponto de partida inteiros, sãos, salvos e sem arranhões nem pisaduras de 3º grau (esta parte era só para mim), graças ao facto da inexistência de barreiras separadoras nem obstáculos que assustassem a bicicleta. 

Obrigada, miúdos (Valter, Nuno e Alexandre)!
Para finalizar esta resenha, tenho de confessar que preciso ali voltar para concretizar a ciclovia, na integra. 
O passeio em si foi extremamente agradável. Percurso tranquilo e companhia excecional. Não deu para muitas fotografias porque os PRO levantavam muito pó. A parte negativa mesmo foi o motoqueiro que vinha em contra mão. Mas creio que já tivesse no bucho umas quantas cañas... digo eu!
Companheiros do passeio, a vós tiro o chapéu (capacete) pela boa vontade em me acompanhar neste meu propósito e paciência em me aturar. Imensamente grata pela prazenteira manhã e pelos ensinamentos que me foram dando.
Até breve!


2 comentários:

  1. Elisabete, foi um prazer enorme conhecer-te e contigo partilhar 60km de pura descontração. Aparece em breve para completarmos a ECO. Fica a promessa de sermos recebidos por Amarante... assim espero lol Bjnh e continua com a boa disposição. Ps. Relato fidedigno da nossa manhã... escriva com a "pena" apurada, a caña fez-lhe BEM lol... keep going harder

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    1. Quando voltar avisarei. Será um prazer receber-vos cá em Amarante. Obrigada pelo apoio e incentivo. Beijinhos

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