sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O regresso na variante do pedal

Zica vaidosa

Há fases de tudo quando se tem um blog. Aquelas em que temos assunto e vontade de registar a cada altura e circunstância. Depois há aquelas em que, simplesmente, não há ânimo nem entusiasmo para o fazer. Foi isso que aconteceu nestes últimos 3 meses! 
Mas agora estou de volta! 

Em meados de maio pude concluir que a corrida teria de ser deixada de parte. A protusão veio para me atazanar o ato de calçar as sapatilhas e galgar asfalto. Como necessitava de algo que me mantivesse ativa, um alguém (especial) desafiou-me a recomeçar a pegar na bicicleta. Antes disto, quero acrescentar que era uma trenga a andar. Aprendi com 22 anos e estive 21 anos sem pedalar. 
Com a motivação em alta, nos finais de maio pego na bicla do meu filho e vou-me testar. Não me sai mal. Entretanto surge a ideia de adquirir uma bicicleta à minha medida e adaptada à minha elementar experiência. Na primeira oportunidade fomos tirar as medidas à magrela. Após uma análise à dita, de quem percebia do assunto, a aquisição foi feita.
Dois dias depois colocou-me à prova num trilho (dito fácil) para quem estava habituado, mas complicado para uma caloira como eu. Claro está, senti aquilo como um desafio e disse para os meus botões: "em breve volto cá e faço-o na boa!".  
Aguçou a minha vontade e devolveu o meu entusiasmo por uma nova atividade. Estava empolgada e animada. Grata por me despertar e não me deixar consumir pela deceção de não poder correr. 
Ironia das ironias... este alguém que me motivou e incentivou saiu do cenário que eu tinha idealizado como desafiante e próspero. "Esbardalhei-me" num estranho trilho emocional. Todavia, quem cai... levanta!
Versão positiva dos factos: tenho uma zica que dá para desenrascar, ânimo para pedalar, energia para melhorar e amigos para me auxiliar. 
Esta parte dos amigos é a mais curiosa. Cada vez mais creio que nada é feito ao acaso. Alguns já se juntaram a mim para me ajudar a desenrascar em trilhos (Quintandona). A melhorar o meu ritmo com indicações e dicas importantes.
Numa conversa informal com o Miguel Cruz (conheci-o aquando do Mountain Quest) sobre fotos, pedaladas, recuperação de lesão e percursos, este envia-me um ficheiro com as ecovias, ciclovias e ecopistas do norte do país. Olho e analiso aquilo e, de repente, surge-me uma ideia (agora vocês têm que imaginar uma expressão assemelhada a EUREKA!). Para me aventurar em trilhos matreiros e complexos, tenho de ganhar traquejo e cadência a pedalar. Nada melhor que percorrer todas as ecovias... ou as mais extensas! Assim criei o meu PEN (Plano Ecovias a Norte). 
Naturalmente que teria de começar pela ecopista que me fica mais perto e onde tenho feito a maioria dos meus trajetos em cima do selim. Ecopista do Tâmega. 


Deste modo, o próximo post será dedicado à descrição do dia 20 de agosto, dia em que percorri, na integra, a ecopista que liga Amarante a Arco de Baúlhe, na companhia de bons amigos (desaparafusados) mas bons amigos. 
Por estes dias sai o primeiro resumo do PEN. 



3 comentários:

  1. Obrigada pela inspiração! "Esbardalhei-me este domingo" e daqui a 3 meses, se possível, irei recomeçar pelas ciclovias para ganhar corpo novamente e entrar em grande em 2019! Conheci o Miguel Cruz recentemente, tem sempre um sorriso para oferecer :) obrigada Elisabete por este texto :) Foi muito bom ler este texto hoje e certamente irei relê-lo novamente!

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    1. Grata pela visita e pelas palavras. Acabamos por estar inseridos num circulo de inspirações que nos catapultam para novas experiências e novas amizades. As melhoras e um ótimo recomeço. ;)

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  2. Boa sorte nesta tua nova caminhada! Cá estarei para acompanhar.

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